Um soldado libanês foi morto por extremistas islâmicos nesta quinta-feira, somando mais uma morte nas batalhas entre o Exército libanês e radicais sunitas no campo de refugiados de Nahr el Bared, no norte do Líbano, que já duram 12 dias.
No total, os confrontos já deixaram 32 soldados, 20 civis e 60 extremistas mortos desde 20 de maio, quando tiveram início.
Na última terça-feira (29), um soldado morreu devido a ferimentos. A maioria das baixas ocorreu no primeiro dia, quando tropas foram vítimas de emboscadas nas estradas pelo grupo Fatah al Islam, acusado de ligação com a rede terrorista Al Qaeda.
Centenas de soldados cercam o campo de refugiados, apoiados por tanques e artilharia pesada, na tentativa de prevenir a fuga de guerrilheiros. O governo prometeu combater os rebeldes.
Milhares de palestinos deixaram suas casas no campo, mas muitos permanecem no local, assim como integrantes do grupo radical Fatah al Islam. Tiroteios e embates esporádicos continuam a ocorrer diariamente, apesar de uma trégua após o terceiro dia de batalhas.
Fontes do Exército libanês disseram que o soldado morto nesta quinta-feira foi atingido por fogo de rebeldes vindo do acampamento.
Segundo os oficiais, outros três soldados foram feridos durante a madrugada desta quinta-feira.
O líder do grupo extremista palestino Hamas exilado na Síria, Khaled Meshal, pediu hoje uma solução pacífica para o confronto entre os libaneses e rebeldes concentrados no campo palestino.
“Nós somos contra a interferência palestina em assuntos libaneses e ataques a soldados libaneses, mas não aceitamos o bombardeio do acampamento, e não aceitaremos que nosso povo seja punido em Nahr el Bared nem em outros lugares”, disse Meshal em Damasco.
Com Associated Press