As escolhas que realizamos são fundamentais para o desenvolvimento de nossa vida. Um filme de ação e suspense que mostra exatamente isso é ‘O passageiro’. Dirigido por Jaume Collet-Serra e estrelado por Liam Neeson, conta como um ex-policial que atua como vendedor de seguros se envolve numa misteriosa trama.
Após realizar por anos a mesma trajetória em um trem urbano, é abordado por uma misteriosa mulher com a missão de localizar um dos passageiros antes da última parada. O valor da recompensa é astronômico, e os desdobramentos, múltiplos e inesperados. É estabelecido assim um jogo de inteligência para descobrir quem é o personagem procurado e por quê.
Analisado por essa óptica, o filme traz reflexões importantes sobre como agir em situações de crise, principalmente quando se é submetido a situações de grande pressão e aparentemente não há alternativas. Nesse sentido, a narrativa funciona como um jogo em que é necessário adotar a melhor estratégia para encontrar o passageiro certo.
Para cada escolha do protagonista, existe um bônus e um ônus. Por um lado, as ações trazem imediatas correlações, que irão determinar seus próximos passos. Por outro, atitudes, bem ou mal pensadas, podem trazer sofrimento para ele, para a família ou para pessoas que aparentemente não estão envolvidas na trama.
Assim é a vida. Somos responsáveis pelo que fazemos e também pelo que não fazemos. As duas alternativas trazem consequências das mais variadas, sendo muitas imponderáveis, o que só aumenta o grau de dificuldade de viver, mas, em contrapartida, traz maior fascínio a cada instante. Decidir, nesse contexto, é igual a viver.
Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
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