domingo, 22/12/2024
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Sistema Fiemt realiza manifestação em defesa do Sistema S

Serão fechadas seis unidades operacionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT) e do Serviço Social da Indústria (Sesi-MT), haverá um déficit de mais de 60 mil matrículas por ano, demissão de 41,32% do quadro funcional das unidades operacionais e suspensão na construção de cinco novas unidades operacionais das entidades no Estado. Este será o cenário em 2016 caso seja aprovada a proposta de corte de 30% nos repasses ao Sistema S, que está em estudo no governo federal. Os dados foram apresentados , na sede do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), após o ato em defesa do Sistema S, ocorrido no SesiPapa.

 

A manifestação contou com a presença de funcionários do Sistema Fiemt (Sesi/Senai/Fiemt/IEL), alunos do Sesiescola e das unidades do Senai-MT de Várzea Grande, Cuiabá e Escola da Construção. “Não podemos deixar o governo desviar o dinheiro do setor produtivo para cobrir seus gastos e o rombo do orçamento. O Sistema S é imprescindível para dar condições de competitividade às empresas e na melhoria da qualidade de vida e educação de todos os brasileiros”, ressaltou o presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan.

O panorama apresentado indica que haverá ainda a redução de cerca de 30% das áreas técnicas das instituições locadas no Departamento Regional, em Cuiabá, e junções de coordenações. De acordo com o superintendente do Sesi-MT, José Carlos Dorte, caso seja aprovado o corte no repasse, 2 mil alunos de educação básica ficarão sem escolas porque as duas unidades do Sesiescola, uma em Cuiabá e outra em Várzea Grande, serão fechadas.

“Quando estamos fazendo essa defesa não é somente do nosso emprego, estamos fazendo a defesa do cidadão que, lá na ponta, recebe o nosso serviço. O Sesi, Senai, IEL e Fiemt têm no seu DNA o prazer de servir o cidadão que precisa de qualificação profissional, da educação e dos atendimentos de saúde que fazemos. Quando se criou as entidades do Sistema S foi sempre pensando no trabalhador. Então, é difícil para entendermos essa ideia absurda de amputar esses recursos dos poucos sustentáculos que existem no Brasil de fortalecimento e qualificação de mão de obra.  De 18 a 20% do que arrecadamos vai para a gratuidade para o cidadão. Se isso ocorrer, estaremos retirando a educação do trabalhador, qualificação profissional, o Sesipark e vamos deixar de fazer o Multiação. Não podemos deixar isso acontecer”, disse Dorte.

Para a diretora regional do Senai-MT, Lélia Brun, o corte do repasse será um retrocesso para a qualificação da população mato-grossense. “Nós defendemos a permanência de um recurso que há mais de 70 anos está conosco. Por que querem mexer em uma instituição que dá resultado e não atacam onde os problemas estão? Fica impossível dar continuidade na oferta de educação profissional e encaminhamento ao mercado de trabalho com a redução do compulsório. Precisamos fazer ajustes internos que inviabilizam o desenvolvimento e a ampliação de oferta de educação profissional. Se passar essa medida provisória com ajuste fiscal e redução de recursos para o Sistema S, eu posso afirmar que seria um retrocesso nas nossas ações, seria o mesmo que voltássemos a ter a oferta de 2008. Seria voltar no tempo, quando fazíamos apenas 38 mil matrículas, e não 152 mil, como fechamos ano passado”.

Com a aprovação do corte, no país serão fechadas 300 escolas do Senai e, por ano, 1,8 milhão de vagas em cursos profissionais ofertados pela entidade. 735 mil alunos vão deixar de estudar no Sesi, seja no ensino básico ou na educação de jovens e adultos por conta do encerramento das atividades de 450 escolas. “A totalidade dos serviços que o Sistema S presta é para o trabalhador brasileiro. É importante esclarecermos e ressaltar o que é o Sistema S para que possamos superar mais essa crise e sairmos fortalecidos”, analisou o diretor regional do Instituto Euvaldo Lodi, (IEL-MT), Nivaldo Carvalho. Com a redução no repasse, haverá ainda a demissão de 30 mil trabalhadores. “Vivemos um momento de grande dificuldade, com um governo que não sabe o que fazer e retira de onde é mais fácil. &E acute; importante toda a população reagir pela importância em defesa do Sistema S para a sociedade”, afirmou o superintendente da Fiemt, João José Amorim.

Presente na manifestação, o deputado federal Fábio Garcia também está na defesa do Sistema S. “Eu não tenho dúvida nenhuma que o Sistema S aproveita muito melhor o recurso que o próprio governo. Não podemos abrir mão dos recursos destinados ao Sistema S porque esse é o principal repasse que forma os trabalhadores no Brasil. Da minha parte e de outros muitos deputados em Brasília não vamos apoiar mais essa drástica medida do governo federal. O Brasil precisa se modernizar, devemos exigir uma gestão mais enxuta e eficiente. Ninguém aguenta mais pagar a conta de um governo gigantesco e ineficiente”. 

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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