A Síria rejeita a mobilização de tropas árabes proposta pelo emir do Qatar para pôr fim à violência no país, afirmou nesta terça-feira o ministério das Relações Exteriores em um comunicado, no mesmo dia em que a repressão das forças do ditador Bashar al Assad deixou ao menos 11 mortos.
"A Síria rejeita as acusações de dirigentes do Qatar sobre o envio de tropas árabes, o que amplifica a crise, frustra a ação árabe e abre caminho para uma intervenção estrangeira", declarou a Chancelaria no comunicado publicado pela agência oficial Sana.
No sábado (14), o emir do Qatar declarou ser partidário de enviar tropas de países árabes à Síria para "deter a matança" que já cobrou a vida de mais de 5.000 pessoas nos dez meses da revolta contra o regime de Assad.
O xeque Hamad bin Khalifa al Thani se transformou no primeiro líder árabe a pedir publicamente a mobilização de tropas árabes na Síria, ao declarar no programa "60 Minutes", da emissora americana CBS, que "alguns efetivos deveriam ir para acabar" com a violenta repressão das forças do ditador sírio.
A violência na Síria continua, apesar da presença, desde o dia 26 de dezembro, de dezenas de observadores enviados pela Liga Árabe para supervisionar a aplicação de um plano de saída da crise.
Nesta terça, onze civis morreram, oito deles na explosão de uma bomba durante a passagem do micro-ônibus em que viajavam, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) em um comunicado.
F.COM