Profissionais de vários sindicatos, associações e movimentos sociais se uniram para realizar hoje segunda-feira, dia 20 de agosto, uma grande manifestação na Praça Alencastro para protestar contra a Reforma Universitária e a Sindical.
O objetivo do evento, denominado, “Semana de Luta em Defesa da Educação Pública”, é conscientizar a sociedade sobre a proposta de reforma do governo federal e as perdas que os trabalhadores e estudantes terão no futuro. A manifestação vai começar a partir das 9h da manhã com a entrega de panfletos, carro de som e discurso.
Durante toda semana serão realizados diversos tipos de atividades, tais como: palestras, debates, assembléias e visita na escola Estadual Presidente Médici. Na terça-feira a partir das 14horas os professores da UFMT realizam uma assembléia no auditório da ADUFMAT, para discutir a proposta de reforma do governo.
Na quarta, representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e os professores da UFMT entregam ao reitor, Paulo Speller um documento contra o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades (REUNI). Na quinta-feira os representantes de diversos movimentos sociais vão participar de um debate sobre a Vale do Rio Doce, no Museu de Imagem e Som de Cuiabá (MISC).
A programação da semana encerra na sexta-feira com uma palestra que será realizada na Escola Presidente Médici às 9h da manhã e às 14h acontecerá uma assembléia no Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas (Sintep).
Tanto a Reforma Universitária como a Sindical vem sendo amplamente discutida dentro do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), há alguns meses, e agora ganhou mais força com o apoio de outros sindicatos e movimentos sociais.
A Reforma que o governo quer implantar nas universidades e nos sindicatos pode provocar perdas na qualidade de ensino e inviabilizar qualquer tipo de movimento grevista. A proposta que mais tem sido rejeitada pelos profissionais da educação é a que cria o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI).
Com esse programa o governo quer dobrar o número de vagas nas universidades sem fazer investimento na infra-estrutura e nem no corpo docente. Além disso, estabelece um patamar de aprovação de 90% dos alunos, o que é impossível de se atingir, visto que a evasão escolar ocorre em função de problemas sociais e não pedagógicos ou por reprovação. A adesão dos departamentos ao REUNI está sendo impostas e quem não aderir ao programa vai ficar sem receber recursos do governo federal.
Com relação a reforma sindical que vai mexer com todas as demais categorias, a proposta do governo é clara e cria mecanismo que engessam qualquer tentativa de greve. Isso porque, com a aprovação da reforma, o sindicato só poderá aprovar um indicativo de greve com a presença em assembléia de 70% dos sindicalizados e mesmo assim, apenas 50% dos trabalhadores poderão aderir ao movimento. Não importa a categoria, 50% das atividades deverão ser mantidas com funcionamento normal, o que inviabiliza qualquer tipo de movimento.
Estão participando dessa manifestação de luta em defesa da educação pública representantes do MST, Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Sindijufe), Centro Burnie Fé e Justiça (CBFJ), Assembléia Popular, Comitê de Luta do Transporte Coletivo (CLTP), Diretório Acadêmico dos Estudantes (DCE), Sindicato dos Servidores da UFMT (Sintufe) e Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT).