O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) será
reinterrogado pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, no dia 13
de junho, na ação penal relativa à primeira fase da Operação Sodoma da Polícia
Civil.
Neste processo criminal, o peemedebista é acusado pelo Ministério
Público Estadual (MPE) de cobrar propina de empresas privadas para autorizar a
concessão de incentivos fiscais, o que motivou no dia 15 de setembro de 2015 seu
primeiro mandado de prisão preventiva.
Na mesma operação policial, ainda
foram presos dois de seus ex-secretários de Estado que são Pedro Nadaf e Marcel
de Cursi.
Nos últimos dias, a promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco
anexou ao processo às alegações finais, recomendando pena ao ex-governador que
pode ser superior a 50 anos em razão da continuidade delitiva.
Por conta
disso, a tendência é que Silval Barbosa confesse sua participação no esquema
criminoso como estratégia jurídica para ter a pena reduzida.
Nas últimas
semanas, aumentou os rumores de que o ex-governador estaria prestes a firmar um
termo de colaboração premiada que seria assinado na Procuradoria Geral da
República (PGR) por conta do envolvimento de autoridades como foro por
prerrogativa de função em tribunais superiores, mas oficialmente nada foi
confirmado.
No dia 6 de junho, Silval Barbosa será reinterrogado na ação
penal da quarta fase da Operação Sodoma relacionada a uma fraude de R$ 15,857
milhões para desvio de dinheiro público. Essa será sua primeira oportunidade em
confessar crimes visando à atenuação da pena em eventuais sentenças
condenatórias.
Os crimes atribuídos na ação penal da primeira fase da
Operação Sodoma são de concussão (praticado por funcionário público, em que este
exige para si ou para outrem, vantagem indevida), extorsão, lavagem de dinheiro
e organização criminosa.
Ainda são réus os ex-secretários de Estado
Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Sílvio
Cézar Corrêa de Araújo, o procurador do Estado aposentado, Francisco Andrade de
Lima Filho e a ex-funcionária da Fecomércio (Federação do Comércio), Karla
Cecília de Oliveira Cintra.
O esquema veio à tona em razão de um
depoimento à Delegacia Fazendária prestado pelo empresário João Batista Rosa, um
dos sócios do grupo Tractor Parts, que confessou ter pago R$ 2,5 milhões em
propina para ter suas empresas inclusas no CEDEM (Conselho de Desenvolvimento
Empresarial).