Vocês se gostam e estão juntos há tanto tempo que já não veem motivo para continuar usando preservativo? Se você acha que confiar no parceiro basta para não se expor ao risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, cuidado. Os especialistas dizem que é preciso tomar algumas precauções antes de deixar a camisinha de lado. E advertem: só amar não basta. É possível, sim, fazer sexo seguro sem camisinha. Mas desde que o casal tenha um comportamento responsável.
O primeiro passo é procurar um médico e realizar um exame de sangue, que permite diagnosticar as principais doenças sexualmente transmissíveis (DST): hepatite B; hepatite C; sífilis e HIV, segundo o ginecologista Edílson Ogeda, do Hospital Samaritano de São Paulo.
Além disso, cabe lembrar que o exame de HPV também é fundamental. O papiloma vírus humano pode causar lesões de pele, da mucosa e, nos casos mais graves, até câncer de colo do útero. “A mulher pode diagnosticá-lo com o papanicolau e a colposcopia. Já o homem, se tiver algum histórico da doença ou alguma verruga, também deve ir ao urologista e realizar a peniscopia”, explica Ogeda.
Mesmo para quem já fez todos esses procedimentos deve esperar um pouco antes de aposentar os preservativos. Resultados negativos não significam que o risco está eliminado. É que as DST”s podem demorar algum tempo para se manifestar. Na maioria dos casos, de três semanas a 12 meses.
Então, o ideal é controlar a ansiedade e esperar o tempo certo. “Pode-se pensar em deixar o uso do preservativo após uma vida sexual ativa com pelo menos um ano de namoro, havendo fidelidade dos dois lados. E, claro, desde que os exames anteriores estejam dentro da normalidade”, explica Ogeda.
Respeitar a margem de segurança não significa que a felicidade sexual do casal está adiada. Ao contrário, livres dos riscos que o comportamento sexual inseguro acarreta, os namorados poderão entregar-se à busca do conhecimento e do prazer a dois. Sem medo de serem felizes.
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