Resultado nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público, contando o pagamento dos juros da dívida pública
O setor público consolidado teve déficit nominal de R$ 135,724 bilhões em junho, informou o Banco Central (BC). Em maio, o déficit havia sido de R$ 138,256 bilhões. Em junho de 2023 foi de R$ 89,625 bilhões.
No ano até junho, o setor público tem déficit nominal de R$ 498,225 bilhões, equivalente a 8,91% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses, o rombo nominal chegou a R$ 1,108 trilhão, ou 9,92% do PIB. No fim do ano passado, o déficit nominal acumulado nas contas do setor público chegou a R$ 967,417 bilhões, ou 8,91% do PIB.
Já em junho de 2024, o governo central teve déficit nominal de R$ 126,572 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 6,953 bilhões, enquanto as empresas estatais foram deficitárias em R$ 2,199 bilhões.
Já a dívida pública brasileira subiu em junho. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral ficou em R$ 8,691 trilhões no sexto mês de 2024, o que representa 77,8% do Produto Interno Bruto (PIB) contra 76,7% de maio e de 74,4% de dezembro do ano passado.
O pico da série da dívida bruta foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de Covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A Dívida Bruta do Governo Geral, que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais, é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do país. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) também subiu no sexto mês de 2024 para 62,2% do PIB, ante 62,1% em maio. A DLSP atingiu R$ 6,946 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.
Fonte: Jovem Pan com informações do Estadão