O Cipem também pediu que o Governo de Mato Grosso intervenha junto ao Governo Federal visando o fim da greve em órgãos ambientais
Impactos econômicos decorrentes da paralisação nacional dos serviços ambientais foram abordados por representantes do setor florestal durante reunião com o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), nesta terça-feira, 24 .
Foi alinhado no encontro a elaboração de um planejamento mútuo para promover ações de fomento à atividade de base florestal, como feiras internacionais, visando o desenvolvimento e fortalecimento da cadeia de produção, industrialização e comercialização dos produtos madeireiros.
Durante a reunião com o governador, o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, também ressaltou a importância da inserção da madeira na construção civil, inclusive em obras públicas governamentais. Sugeriu a criação de um programa habitacional de moradias populares de madeira, direcionado para famílias de baixa renda, como solução para o déficit habitacional.
“Tenho interesse e disposição em colaborar com projetos que venham promover o setor florestal de Mato Grosso”, disse o governador do Estado, se comprometendo a avaliar as propostas.
O Cipem também pediu que o Governo de Mato Grosso intervenha junto ao governo federal visando o fim da greve em órgãos ambientais, a exemplo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Blasius expôs as dificuldades enfrentadas pelos empresários que atuam exclusivamente com exportação diante da paralisação de serviços ambientais.
“A empresa que tem sua receita apenas da exportação não terá condições financeiras de sobreviver a um cenário tão desafiador. O empresário de base florestal não recebe um centavo enquanto a carga não estiver 100% liberada no porto. Para se ter uma ideia, o empresário precisa adquirir sua matéria-prima, industrializar, beneficiar, produzir, embalar, preparar e pagar o frete até o porto de Paranaguá ou de Santos. Somente após realizar toda a burocracia exigida, enfrentar a fila de contêineres e, depois, a fila de navios, é que o comprador efetuará o pagamento”, explicou.