Reeducandas das seis unidades prisionais femininas estão sendo atendidas pelo projeto “Mãos Amigas”
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) expandiu a assistência médica de mulheres privadas de liberdade e realizou 142 atendimentos ginecológicos nas seis unidades penitenciárias femininas de Mato Grosso, pelo projeto “Mãos Amigas”.
O “Mãos Amigas”, implementado na segunda quinzena de maio, foi criado pela Coordenadoria de Saúde Penitenciária, com o intuito de ampliar os serviços de saúde, considerando que o confinamento pode aumentar a vulnerabilidade da saúde da mulher, incluindo as doenças ginecológicas.
O projeto teve início na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, e agora oferece atendimentos presenciais e online nas Cadeias Públicas Femininas de Cáceres (225 km de Cuiabá), Colíder (650 km de Cuiabá), Nortelândia (253 km de Cuiabá), Nova Xavantina (645 km de Cuiabá) e de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), além da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, na capital.
A médica responsável pelos atendimentos, Isabella Garcia Alves, detalhou que já realizou 20 atendimentos presenciais na Cadeia Pública Feminina de Nortelândia, e 122 de forma online nas outras unidades, com o auxílio da equipe de enfermagem e de policiais penais das unidades, além de parcerias com unidades básicas de saúde dos municípios.
Para a médica, a teleconsulta é um recurso tecnológico capaz de atender um número maior de pacientes e menciona o planejamento de promover uma agenda mensal de atendimentos presenciais em todas as seis cadeias femininas incluídas no projeto.
“Esse projeto impacta diretamente a qualidade da saúde das pessoas privadas de liberdade, já que através da telemedicina conseguimos atender às demandas de todo Estado de Mato Grosso”, afirmou.
A enfermeira da Coordenadoria de Saúde Penitenciária, Luma Natalia Barbosa, ressaltou que o objetivo é atender todas as mulheres privadas de liberdade, principalmente oferecendo exames preventivos.
“A maior importância está na realização de exames preventivos, pois a detecção precoce do câncer de colo de útero aumenta as chances de cura. Além disso, a otimização do atendimento por uma profissional médica especializada é fundamental, pois os encaminhamentos via regulação costumam demorar e a distância física dos municípios exige deslocamento. Com o atendimento online, esse processo é otimizado”, pontuou.
O projeto também prevê ações de mutirão para a realização de exames de rastreamento do câncer de colo de útero e mama, além de palestras destinadas a ampliar o conhecimento sobre a saúde da mulher e abordar questões específicas das mulheres privadas de liberdade.