Os professores e técnicos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) decidiram manter a greve, que começou no dia 10 de agosto, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria, realizada na tarde de ontem segunda-feira (12).
A categoria cobra 14,77% de aumento salarial, além da reestruturação da carreira. O salário-base para um professor do Instituto Federal em Mato Grosso, em início de carreira, varia entre R$ 1,2 mil a R$ 1,5 mil.
O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe) de Cuiabá, Luiz Carlos de Figueiredo, disse ao G1 que apesar da decisão, os servidores devem aguardar a reunião do Sindicato Nacional da categoria, que ocorrerá nesta terça-feira (13), em Brasília (DF). Segundo o sindicato, a categoria vem negociando com o Governo Federal, mas a União já sinalizou a indisponibilidade financeira para atender o pleito.
“As bases se reuniram de 8 a 12 para aprovar o indicativo. No entanto, apesar da decisão, temos que respeitar o contexto nacional. Dois servidores de Mato Grosso vão para a reunião nacional, e na quinta-feira devemos nos reunir novamente em Cuiabá para avaliar a decisão deles”, informou o vice-presidente.
Com a paralisação, aproximadamente 9 mil alunos dos Institutos Federais, no estado, permanecem sem aulas, exceto estudantes do campus de Pontes e Lacerda, único local em que os servidores não aderiram ao movimento.
Cerca de 100 servidores participaram da assembleia geral desta segunda-feira. Na votação, 52 deles votaram pela permanência da greve, 32 pelo fim e os demais se abstiveram do voto. Em todo o estado os Institutos Federais contam com cerca de 2 mil servidores, entre docentes e técnicos. Desses, mais de 1,8 mil permanecem em paralisação, sendo que 1,1 mil são professores.
Em Mato Grosso, os Institutos Federais contam com 11 campus: São Vicente, Cáceres, Barra do Garças, Campo Novo dos Parecis, Confresa, Juína, Pontes e Lacerda, Rondonópolis, Sorriso e em Cuiabá, Campus Bela Vista e Campus Octahyde Jorge da Silva. O campus de Sorriso é o mais recente e ainda não entrou em atividade.
G1-MT