Servidores do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes)
de Mato Grosso continuam firmes na greve nacional e seguem somente, após
duas semanas, mantendo 30% dos serviços essenciais.
O embate entre categoria e União, de acordo com o presidente do Sindsep-MT,
Carlos Alberto de Almeida, se sustenta no fato de que, o Ministério do
Planejamento interpretou de forma equivocada a medida provisória 441 e está
resistente nas negociações. “Esta medida deveria contemplar todas as
categorias do Ministério do Transporte de forma igualitária, sem distinção
de pastas”, avaliou.
Segundo o representante dos trabalhadores, Marcelo Guilherme de Sousa, a
insatisfação se estende também ao que se refere às gratificações de
desempenho, que só contemplam os aposentados. Hoje, gestores do órgão
determinaram corte de ponto, retirada das DAS, entre outras ameaças, a quem
permanecer em greve. Para preservar o direito de manifestação, o Sindsep-MT
oferece suporte jurídico aos servidores.
Além disso, o governo pressiona pelo fim da greve dizendo que só volta a
negociar quando os servidores voltarem ao trabalho. O Ministério do
Planejamento pré-agendou nova reunião para o dia 23, mas continua
condicionando o encontro ao fim da greve.
*Seis são os pontos da pauta emergencial dos servidores do Dnit:*
1. Aprovação de minuta de decreto junto ao Ministério do Transporte
2. Regulamentação da progressão funcional e das gratificações da Lei
11.171/05
3. Implantação de concursos públicos
4. Instalação de grupo de trabalho (GT) contido em termo de compromisso
5. Reestruturação do Dnit
6. Reabertura das negociações da tabela remuneratória.
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Thaís Raeli Mussauer