Focado na participação efetiva da sociedade mato-grossense em debates e discussões de interesse coletivo, principalmente do segmento estudantil nas audiências públicas, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PR), apresentou projeto de lei que institui o certificado de freqüência aos estudantes universitários que participarem de audiências no Poder Legislativo.
“Os universitários, hoje, são os formadores de opinião amanhã. Serão profissionais que desde já se capacitam e buscam espaço no mercado de trabalho e nada mais justo que incentivá-los a participarem de debates mais amplos e significativos para o Estado, sem que para tal, sejam prejudicados pela ausência nas salas de aula”, expôs o autor do PL 666/07, deputado Sérgio Ricardo.
De acordo com o parlamentar a Assembléia Legislativa tem colocado em pauta assuntos de extrema importância para o desenvolvimento do Estado e seus mais diversos setores – onde a população tem sido chamada a participar e os estudantes, segundo ele, não devem ficar de fora dessas discussões. “Temos buscado promover constantemente a conscientização, um nível de inteligência e capacidade de absorção das informações cada vez maiores. Pensamos em fazer isso começando pela participação efetiva do corpo docente nos debates junto à classe política e aos demais segmentos da sociedade. Essa interação contribuirá sobremaneira com o desenvolvimento intelectual de cada estudante”, explicou o presidente da AL.
ENSINO SUPERIOR – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em recente entrevista deu ênfase à evolução no número de universitários, ao citar o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, o número de estudantes no ensino superior no País cresceu 13,2% de 2005 para 2006. A meta é concluir o mandato com dez novas universidades federais, 48 extensões universitárias e 214 escolas técnicas.
No entanto, em nível nacional o grande desafio ainda é reduzir drasticamente os números que estimam um Brasil de 62 milhões de pessoas analfabetas ou com baixa escolaridade, com apenas 35% de jovens entre 15 e 17 anos matriculados no Ensino Médio, e ainda, de um melhor ensino superior (predominante nas instituições públicas) – como privilégio apenas da classe média alta – exigem imperativas medidas que elevem em escala o que há de mais fundamental no país: a educação.