Sentir o carinho, o conforto do colo, as mãos que nos embalam, o afago da
proteção, é ter a certeza da eterna segurança NAQUELA que para nós é
imortal. Mãe, por mais “humana” que seja, será a eterna SANTA, a figura
imaculada para quem respeita, admira e sonha em tê-la para sempre. Desta
forma, nós filhos caminhamos com a certeza de ser por toda a eternidade,
amparados em todos os momentos das nossas vidas. Mas, somente quando damos a
luz é que passamos a entender a verdadeira concepção de ser *M*ãe, *A*mar e
*E*ntender os sabores e dissabores da responsabilidade por outro “ser” que,
diretamente depende de nós o sucesso ou fracasso que poderá ter no futuro.
Quando ouvimos que a “Educação” é a base de tudo, não devemos apenas captar
a situação como parte da responsabilidade de “alguém” ou de quem “governa”
um povo, mas sim, entender que a “cada um de nós”, cabe uma parcela da
cooperação para um mundo melhor. Digo isso por ser mãe de três filhos e, por
ter passado na vida a experiência de muitos dissabores, inclusive a dor de
enterrar um filho, no meu caso, uma filha, onde a morte deu lugar a todos os
carinhos e amparo que hoje, me dedico às “três parcelas” que em partes me
completam. No entanto, o amor que dispomos a um filho, este sim ultrapassa
todas as barreiras, inclusive a da morte. Porque ser MÃE é sofrer com os
tormentos dos filhos, é deixar de ter para doar, é viver o mundo deles, é
ser dona de casa, do lar e, mesmo assim ser muito feliz e amar
incondicionalmente.
Mas, não precisamos esperar uma data como a de hoje para deixar a inspiração
aflorar e dizer o que é o “amor de mãe”, pois mesmo quem desconhece a
maternidade, a seu turno pode se dedicar ao fraterno sentimento, pela adoção
de um órfão, pela dedicação às crianças desamparadas, pela entrega aos menos
favorecidos e, de alguma forma, buscar na nobreza do sentimento, um jeito de
ser mais humano, leal, compreensivo e doar um pouco de si, mesmo que seja
aos animais, um desconhecido ou colega de trabalho.
A falta de amor no mundo chega a ser tão grande, o respeito tão escasso, que
por muitas vezes realmente acreditamos que devemos regrar o sentimento e
devemos amar alguém, somente se for um filho, companheiro ou familiares
próximos e, é justamente aí que mora o erro. Se optarmos por não perder
nenhum segundo e começarmos agora a partir desse instante, ensinar em casa,
repassar aos nossos filhos o “verdadeiro sentido do amor”, quem sabe seremos
idosos amados, respeitados pela sociedade, em um planeta onde a “Terra”
seria o codinome do que poderíamos denominar “Paraíso”.
Mas, a respeito do que escrevo que poderia denominar “artigo pelo Dia das
Mães”, “desabafo pró amor” e, outras tantas definições, prefiro dizer que o
sentimento maior que nós mulheres dedicamos a um filho, na verdade, não tem
nome. A palavra amor vem tão deturpadamente sendo usada por tudo quanto é
segmento, que piamente não deve mais ter um real significado, levando em
conta que toda abdicação, dedicação e desprendimentos relegados a nossos
rebentos, somente quem sente sabe mensurar o real tamanho e valor do que
sentimos. Na data de hoje reitero minhas homenagens a quem amo como mãe de:
Érica, Pedro Henrique e Édnei Carlos e, como filha de dona Laurinda, estendo
meu carinho a todas as mães desconhecidas, amigas, vizinhas, companheiras de
trabalho e de profissão.
Por: Gleid Moreira
Jornalista e mãe em tempo integral