Grupo quer investigar celulares e equipamentos do ministro do STF em busca de provas de crime de responsabilidade
Senadores que assinaram o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitaram a apreensão e quebra de sigilo de seus celulares, computadores e outros aparelhos eletrônicos. O objetivo é obter provas que possam comprovar a responsabilidade de eventuais crimes cometidos pelo magistrado.
A solicitação também inclui a criação de uma comissão especial para avaliar a medida, que, se aprovada, afetaria não apenas Moraes, mas também seus juízes auxiliares e o ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro. O grupo alega que as mensagens trocadas entre eles sugerem pedidos informais de relatórios usados contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O documento protocolado pelos senadores pede que sejam periciados todos os aparelhos pessoais e funcionais de Moraes, além da quebra de seus sigilos para investigação técnica. A intenção é buscar indícios de crime de responsabilidade, que justificariam o processo de impeachment do ministro.
O pedido de impeachment ainda aguarda aprovação para tramitação pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Caso seja autorizado, diversos órgãos e entidades serão envolvidos no processo de análise das provas e na justificativa da medida.
Os parlamentares argumentam que a quebra de sigilo é fundamental para acessar informações que podem estar sob segredo de justiça, principalmente em relação ao inquérito das Fake News, aberto por Moraes em 2019 e ainda em andamento. Eles acreditam que a medida é necessária, visto que os denunciantes não conseguem fornecer provas documentais do crime.
Com informação do Pleno News.