quinta-feira, 19/09/2024
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Senadora Serys é a próxima a depor

Representantes do Conselho de Ética do Senado ouviram ontem, em Cuiabá, a advogada Regina Borela, assessora da senadora Serys Slhessarenko (PT). A parlamentar, que é investigada por seu possível envolvimento com a máfia dos sanguessugas, será a próxima a falar ao colegiado.

Em pouco mais de uma hora, Borela explicou o funcionamento do escritório político da parlamentar em Cuiabá. Em depoimento na semana passada, o ex-assessor João Policena Rosa Neto havia mencionado que a proposição de emendas também era discutida naquele espaço.

“Policena disse que, em algumas oportunidades, discutiu emendas com o escritório em Cuiabá. Mas somente a partir dos orçamentos de 2005 e 2006 é que passamos a receber mais pedidos e consultas, vindos de prefeitos, vereadores e organizações sociais”, relatou Borela, ao Diário.

À Polícia Federal e à CPI dos Sanguessugas, o empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe confesso do esquema, disse ter negociado com o genro da senadora, o empresário Paulo Roberto Ribeiro, a proposição de uma emenda genérica de R$ 700 mil para a compra de ambulâncias.

Paulo Roberto confirmou ter feito uma transação comercial com a Planam e que essa seria a origem dos R$ 37 mil que admitiu ter recebido da empresa. Serys disse desconhecer qualquer negociação envolvendo ações de seu mandato.

Questionada sobre o assunto, Borela deu crédito à versão de ambos. E lembrou que, em 12 anos de trabalho ao lado da senadora, nunca testemunhou o envolvimento de Paulo Roberto com sua atuação política.

“Ele nunca tratou de nenhum assunto da vida política de Serys. Em todo este tempo que trabalho com ela, nunca o vi sequer entrar em seu gabinete”, apontou ela, que também relatou ao Conselho jamais ter ouvido falar do esquema antes da operação da Polícia Federal.

Policena admitiu ter feito contatos telefônicos com a Planam e com representantes da família Vedoin. Sobre o assunto, Borela disse que a informação era surpreendente, mas que o ex-assessor fora apresentando à senadora como um funcionário de carreira que conhecia profundamente o orçamento. “O que posso dizer é que ele nunca esteve no escritório em Cuiabá para fazer nenhum tipo de despacho”.

Sobre o processo que a senadora enfrenta, Borela mencionou a ausência de qualquer menção, no detalhado livro-caixa da Planam, da suposta negociação que pode custar-lhe o mandato. “Nem a imprensa, nem a CPI levou este ponto fundamental em consideração. É isso que sempre me chamou a atenção nesse processo”.

DC

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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