Em pronunciamento, o senador Jaime Campos afirmou que a aparente disparidade política entre os dirigentes da Colômbia, Equador e Venezuela “encobre uma disputa suja pelos domínios do narcotráfico nessa região.
O embate ideológico é apenas o pano de fundo para a ação de grupos paramilitares que reivindicam a supremacia de um território criminoso transnacional”.
Jaime também estranhou as declarações do presidente do Equador, Rafael Correa, admitindo a possibilidade de existência de bases das Forças Revolucionárias da Colômbia – Farc’s no Brasil, na Bolívia e no Peru:
– Ora, tal afirmação coloca todas estas nações em estado de guerra, pois representa uma ofensa irreparável à soberania destes países.
O senador mato-grossense também alertou para relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes – Jife, ligada à ONU, divulgado nesta semana, cobrando providências do governo brasileiro no sentido de evitar a passagem da cocaína produzida na região andina pela fronteira nacional. “A chamada Rota Sul fornece a droga para a Europa”, revelou.
– O Brasil não pode ceder um milímetro sequer de seu sagrado território para o seqüestro, o crime e o genocídio patrocinados pelos guerrilheiros traficantes – enfatizou.
Por isso, o senador Jaime Campos propôs a criação da Força Nacional de Fronteira, uma polícia militar de caráter federal, fortemente armada e equipada. “Porque não estamos mais combatendo bandos isolados; defrontamo-nos agora com um esquema multinacional do crime, que tem desde braços políticos a corporações militares treinadas e preparadas para uma guerra”, concluiu.