domingo, 22/12/2024
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Senado vai discutir amanhã terça-feira o impeachment de Dilma Rousseff

O Senado vai decidir nesta terça-feira (9), a partir das 9h, se dará andamento ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A sessão será comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski e tem previsão de durar até 30h. Ao todo, 24 pontos vão orientar a sessão.

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O relator do processo de impeachment, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) vai ser o primeiro a falar. O seu relatório foi aprovado na Comissão Especial do Impeachment por 14 votos a 5.

Logo depois, vai ocorrer a fase de discussões, todos os 81 senadores podem falar por até 10 minutos. Por último, a acusação e defesa têm 30 minutos cada para se posicionar. A votação será por meio eletrônico. É necessária maioria simples dos presentes para aprovar o relatório.

Comissão do impeachment aprova relatório que pede o julgamento de Dilma

A Comissão Especial do Impeachment do Senado aprovou por 14 votos a 5 o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) favorável ao prosseguimento do julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Com isso, o colegiado encerra os trabalhos que se arrastaram ao longo de mais de 100 dias.

O relatório segue agora para o plenário, onde será votado pelos 81 senadores da Casa. Se os senadores decidirem pela continuidade do processo, Dilma será julgada no final de agosto, em data ainda a ser definida. Os senadores devem decidir se a petista será afastada definitivamente do cargo, o que a levará a ficar inelegível por oito anos. Para a aprovação, são necessários os votos de 3/4 dos senadores – um total de 54 senadores.

Senadores pró-impeachment

Os senadores aproveitaram os minutos que tiveram para justificar e antecipar seus votos para expor suas posições a respeito do processo. De acordo com Ricardo Ferraço (PSDB-ES), o relatório “grita, berra e materializa todos os fatos relacionados com os crimes cometidos pela presidente afastada”. Para ele, a política da presidente afastada fez o País mergulhar em sua crise econômica mais complexa.

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José Eduardo Cardozo, advogado de defesa de Dilma Rousseff, durante a sessão que definiu continuidade da ação
Marcos Oliveira/Agência Senado – 04.08.16

José Eduardo Cardozo, advogado de defesa de Dilma Rousseff, durante a sessão que definiu continuidade da ação

 

O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que “os crimes foram cometidos com propósito político. Ao defender que o processo contra a petista seja concluído ainda neste mês, ele destacou que "a agonia do País não pode durar mais".

O ex-ministro da Integração Nacional de Dilma Rousseff, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), justificou que seu voto "sim" é de esperança na reconstrução do Brasil". O senador pernambucano acrescentou que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi "claramente ferida".

Senadores contrários ao impeachment

O senador Humberto Costa (PT-PE) comparou o momento atual a uma "repetição farsesca" do golpe de Estado de 1964, que, segundo ele, se justifica "pelo combate à corrupção reclamado pelos corruptos". Ele afirmou que Dilma não cometeu crime e que os decretos de créditos suplementares, alvos do processo, "jamais justificariam" a retirada de um presidente.

Exaltada, a a ex-ministra da Agricultura de Dilma Kátia Abreu (PMDB-TO) afirmou que o processo de impeachment é fruto de "uma chantagem de Eduardo Cunha", que queria se ver livre das acusações que recebia.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que, apesar do resultado, os aliados de Dilma cumpriram seu papel na Comissão Especial do Impeachment. A petista criticou os aliados de Temer por terem dado mais importância ao rito do que ao conteúdo e avaliou que há um "golpe em curso contra os 54 milhões de eleitores”.

Veja quem fez parte da Comissão Especial do Impeachment:

 

 

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Parmenas Alt
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