A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura de Várzea Grande (Semma)está fazendo
monitoramento da água do córrego Traíra, um dos principais do município. A equipe de fiscalização ambiental da pasta composta por uma engenheira sanitária e uma bióloga esteve pela manhã no local para verificar o que está provocando a mortandade de peixe da espécie corimbatá no córrego.
A denúncia da mortandade foi feita na tarde da última quarta-feira por moradores dos bairros Portal do Amazônia e Jardim Icaraí. A bióloga Roseli Portes fez a coleta da água para verificar o que levou a morte de peixes. O Traíra é uma área de preservação ambiental de Várzea Grande.
Segundo a engenheira sanitária Airdes Nogueira, ainda hoje a Semma deve enviar um relatório à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), único órgão em Mato Grosso dotado de estrutura para este tipo de trabalho e com poder de notificar o responsável pela agressão ao meio ambiente. A análise terá resultado na próxima semana.
Cautelosos, os fiscais ambientais acham prematuro fazer qualquer tipo de julgamento para apontar as causas do acidente ambiental e o seu responsável. Para Airdes Nogueira, só após o resultado da análise da água do Traíra – feita pela Sema – é que haverá subsídios para se chegar à conclusão do que terá causado este desastre ambiental.
“Só por meio da análise é teremos como descobrir se foi jogado algum tipo de produto químico no córrego, por exemplo. A mortandade ocupa uma grande extensão do Traíra, córrego que deságua no rio Cuiabá, próximo ao bairro Capela do Piçarrão”, explica.
A bióloga Roseli Portes ressalta que a mortandade no córrego não é um caso isolado. De acordo com ela, constantemente a Semma recebe denúncias de morte de peixes no local, porém, nunca havia registrado in loco, um desastre desta proporção.