Relatórios da Conab e do USDA foram os destaques, tendo o poder de mudar a dinâmica de mercado da soja brasileira
A semana foi marcada por novas estimativas para a safra brasileira de soja em 2023/24. Safras & Mercado e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cortaram as suas projeções para menos de 150 milhões de toneladas.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) também diminuiu seu número, mas foi bem mais comedido, apontando expectativa de 156 milhões de toneladas para o Brasil.
Para a Safras, a produção brasileira de soja em 2023/24 deverá totalizar 149,076 milhões de toneladas, com retração de 5,5% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 157,83 milhões de toneladas.
Ajustes nas produtividades de soja
Foram feitos ajustes nas produtividades médias esperadas para estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
“O avanço dos trabalhos de colheita começa a revelar a realidade da safra brasileira, especialmente nos estados que sofreram com a baixa umidade e temperaturas elevadas durante o último trimestre de 2023”, explica o analista e consultor de Safras, Luiz Fernando
Gutierrez Roque.
Chuva deve minimizar queda severa
Apesar disso, a chegada de chuvas a partir dos últimos dias de dezembro trouxe um ambiente mais favorável ao desenvolvimento das lavouras do Centro-Norte do país, principalmente nas áreas que foram semeadas mais tardiamente ou replantadas.
quando foram colhidas 154,6
milhões de toneladas.
No relatório anterior, a previsão da entidade era de safra de 155,3 milhões de toneladas. Houve um corte de 3,8% entre um mês e outro.
Projeção do USDA para a soja
O relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 398,21 milhões de toneladas.
Em janeiro, a previsão era de 398,98 milhões. Os estoques finais foram elevados de 114,6 milhões para 116 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 112,9 milhões de toneladas.
Para as safras dos três principais produtores do mundo, o órgão indicou os seguintes números:
- Brasil: 156 milhões de toneladas, corte de 1 milhão ante a estimativa anterior;
- Estados Unidos: 113,35 milhões de toneladas, sem alteração;
- Argentina: produção de 50 milhões de toneladas – o mesmo do indicado previamente.
Já os estoques finais estão projetados em 315 milhões de bushels ou 8,57 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 282 milhões de bushels ou 7,67 milhões de toneladas. Em janeiro, a previsão era de 280 milhões ou 7,62 milhões de toneladas.
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