No documento enviado ao governador ainda, o sindicato solicita também a abertura de negociação com as instituições bancárias
Diante do agravamento da crise financeira, econômica e o superendividamento dos servidores públicos em decorrência do não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) e do aumento substancial da inflação, em especial dos itens que impactam diretamente a cesta básica, além dos custos básicos de vida, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (SINTAP/MT), que representa os servidores do Indea e Intermat, enviou um oficio ao governador Mauro Mendes solicitando intervenção junto às instituições financeiras, para que concedam carência de no mínimo seis meses nas parcelas de empréstimos consignados e cartão de crédito consignados dos servidores públicos.
“Com essa medida, acreditamos que é possível se evitar um colapso financeiro ainda maior dos Servidores Públicos altamente afetados pela reforma da Previdência”, afirmou a presidente do Sintap/MT, Rosimeire Ritter.
No documento enviado ao governador ainda, o sindicato solicita também a abertura de negociação com as instituições bancárias, a fim de que seja garantida a renegociação, aglutinação ou migração de débitos bancárias, bem como a redução das taxas de juros, linhas de créditos facilitadas para que sejam repactuadas as dívidas. “Pedimos atenção, em especial aos aposentados e pensionistas, que após a reforma da Previdência tiveram majoração de alíquota, diminuição da base de cálculo, redução dos benefícios e da qualidade de vida”, disse Rosimeire.
De acordo com a presidência do Sintap, as instituições bancárias se aproveitam da inexistência de controle judicial, legislativo e administrativo sobre seus atos, além da vulnerabilidade exacerbada do servidor público e lhes oferecem soluções de crédito fora da margem consignável, deixando os servidores em uma situação critica financeiramente.
“Isso ocorre também pelo fato dos servidores estarem há mais de quatro anos sem reposição salarial, acarretando uma perda aproximada de 20% do seu salário, além do aumento da alíquota previdenciária, da redução do poder de compra e o constante aumento nos preços de produtos de primeira necessidade, como o combustível, por exemplo, tem forçado os servidores a buscar outros meios de cobrir os gastos e só resta apelar para os empréstimos consignados”, explicou a presidente, ressaltando que aguarda um posicionamento favorável do governo do Estado diante desta situação critica em que se encontram a grande maioria dos servidores mato-grossenses.