quinta-feira, 21/11/2024
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Sem definir apoio, Cristovam diz que 2o turno “vai pegar fogo”

O senador Cristovam Buarque (PDT), que ficou em quarto lugar na corrida presidencial no primeiro turno, afirmou que seu partido discutirá eventuais apoios entre quarta e quinta-feira. Para ele, o segundo turno “vai pegar fogo”.
“Sou militante do partido, por isso a posição deve ser definida internamente”, disse Cristovam a jornalistas no Congresso nesta segunda-feira. O senador teve 2,6 por cento dos votos válidos no domingo.

“Não tem como não ir ao debate”, avaliou Cristovam, referindo-se à ausência nos debates da campanha do primeiro turno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, primeiro colocado no domingo, com 48,6 por cento. “A coisa vai pegar fogo.”

Para ele, “o povo pediu um tempo” ao levar a disputa presidencial para o segundo turno e esse foi “o melhor recado” das urnas no último domingo. Lula enfrentará o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

O senador disse que não foi procurado por nenhum dos dois candidatos até agora, mas acredita que tanto Lula como Alckmin vão procurar o presidente do PDT, Carlos Lupi.

Cristovam defendeu que o partido não aceite nenhum ministério em eventuais negociações e afirmou que ele não quer integrar de nenhuma pasta.

Na avaliação do senador, o PDT foi vitorioso na campanha por dois motivos: o partido, segundo ele, ultrapassou a chamada cláusula de barreira e conseguiu passar a mensagem de que a educação é prioridade para o país.

Ele explicou que é contrário à cláusula de barreira, que determinava, para um partido manter uma série de direitos, um mínimo de 5 por cento dos votos nacionais para a Câmara dos Deputados e de 2 por cento em pelo menos nove Estados.

“Sou favorável inclusive a ter candidato independente”, disse.

Cristovam contou que conversou com a Heloísa Helena nesta segunda-feira, comentando que ela vai fazer muito falta no Senado. O mandato da senadora do PSOL, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, com 6,85 por cento dos votos válidos, termina no início de 2007.

(Texto de Alexandre Caverni)

Reuters

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Parmenas Alt
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