pode-se considerar que o racha existe na sigla cuiabana
A queda de braço entre o prefeito Emanuel Pinheiro e a deputada Janaina Riva pelo comando do MDB em Cuiabá se ampliou e agora ‘trava’ a definição das chapas nas eleições internas. A reunião que marcaria o fim na rusga foi adiada novamente. Isso porque, enquanto Pinheiro indicava o seu ex-secretário, Luiz Antônio Possas de Carvalho para a presidência da sigla na Capital, e o advogado Francisco Faiad de vice, a parlamentar ‘batia o pé’ e sugeria nomes como o do ex-secretário de Estado Rafael Bastos e o do secretário-adjunto de Agricultura Familiar Clovis Figueiredo Cardoso. Para Janaina, estes seriam nomes de consenso, ao contrário dos nomes sugeridos por Emanuel.
A chapa que tem o apoio do prefeito teria ainda o vereador Juca do Guaraná (MDB) e o ex-deputado federal Valtenir Pereira (MDB) na executiva. O quinto nome poderia ser indicado por Janaina.
Conforme a reportagem apurou, o nome de Possas teria o aval do presidente estadual, deputado Carlos Bezerra, que apostava na 3ª via. Porém, Janaina Riva não aceitou a chapa de Possas, Faiad e Juca do Guaraná. Diante do impasse, Bezerra decidiu adiar a reunião após conversar com Emanuel Pinheiro. Oficialmente a sigla afirma que o motivo do cancelamento do encontro se deu pelas agendas do deputado federal Juarez Costa e Emanuel Pinheiro (MDB), que chegariam atrasados ao encontro.
Porém, a briga entre a deputada e o prefeito da Capital continua internamente. Tanto que Faiad, que concordou e, abrir mão da presidência para pacificar a sigla, pretende voltar atrás e manter o seu nome na disputa. O grupo de Emanuel Pinheiro acredita que, sem Faiad na executiva municipal, a legenda estaria desprestigiando os filiados de Cuiabá, já que foi ele quem comandou a sigla para a reeleição de Emanuel.
O grupo de Emanuel também aponta que Janaina Riva não teria base na capital e ‘nem votos’, por isso ela não poderia ter influência dentro do diretório.
Já o grupo da parlamentar alega que Emanuel tem se afastado do MDB cada vez mais e seria problema para o partido em 2022, já que dedicaria suas forças para eleger seu filho, o deputado federal Emanuelzinho, em outra sigla.
O grupo de Janaina ainda aponta o caso do paletó, alegando que a imagem de Emanuel prejudicaria o partido. Já a ala “emanuelzista”, lembra do sobrenome da parlamentar, já que seu pai se encontra em prisão domiciliar.
Com GazetaDigital