Quando entrar em campo nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), para enfrentar Portugal em amistoso que marca a reinauguração do Estádio Bezerrão, na cidade-satélite de Gama (DF), a Seleção Brasileira comandada por Dunga tentará evitar a repetição de uma marca negativa de 90 anos atrás.
Em 2008, a equipe atuou por três vezes em território nacional e em nenhuma delas marcou um gol. Os empates contra Argentina, em Belo Horizonte, e Colômbia e Bolívia no Rio de Janeiro colocaram em xeque o trabalho feito pelo treinador.
A última vez em que a Seleção não balançou as redes do adversário em uma temporada foi em 1918, considerando apenas os anos em que o Brasil atuou como mandante. Na ocasião, no único jogo do ano, derrota para o Dublin, do Uruguai, por 1 a 0, no campo do Botafogo, pela Copa Fraternidade. A equipe tinha craques como Friedenreich e Neco.
O time atual também tem estrelas. Kaká, Robinho, Adriano e Luís Fabiano serão alguns dos encarregados de quebrar esse jejum. Para abafar o time português, que atuará completo com Cristiano Ronaldo, Deco, entre outros, Dunga armou uma formação ofensiva no treino desta terça-feira, realizado no próprio Bezerrão.
Do meio para frente, a Seleção deve entrar em campo com Gilberto Silva, Elano, Anderson, Kaká, Robinho e Luís Fabiano. Completaram o time o goleiro Júlio César, os laterais Maicon e Kléber, além dos zagueiros Luisão e Thiago Silva, que substituirá o lesionado e cortado Lúcio.
O objetivo é vencer bem um adversário de peso para fechar o ano fazendo as pazes com a torcida. “Tem que dar Brasil. Chegou a hora de mostrarmos um bom futebol para o torcedor voltar a acreditar na Seleção Brasileira”, afirma o goleiro Júlio César.
O santista Kléber, que terá mais uma chance como titular, concorda com o camisa 1. “Não estamos tranqüilos, ficamos impacientes porque sabemos que estamos devendo. Podemos melhorar e acabar com esse tabu”, explica.
No Distrito Federal, a Seleção terá um aliado. A torcida local já mostrou que vai apoiar a equipe de Dunga no amistoso, diferentemente do que aconteceu nos últimos jogos no Rio de Janeiro, quando o comandante e jogadores foram vaiados após os tropeços.
“Eu acredito na Seleção. O Kaká vai acabar com o jogo e poderemos comemorar uma goleada”, aposta o garoto Róbson Oliveira, 15 anos. Ele irá ao estádio acompanhado do pai, que vê a partida de maneira diferente. “Do jeito que as coisas andam, Portugal vencerá fácil os brasileiros”, diz Elias Oliveira, 42 anos.
Redação Terra