Seis soldados, integrantes das tropas das Nações Unidas, morreram neste domingo com a explosão de um carro-bomba próximo a cidade de Jiam, no Líbano. Um carro Renault branco explodiu, provavelmente por controle remoto, quando as forças da ONU patrulhavam a região, no que as autoridades locais qualificaram de “ataque premeditado”. As seis vítimas eram soldados espanhóis.
A morte dos chamados “cascos azuis” da Forças Interinas das Nações Unidas no Líbano (Finul) elevou para 135 o número de militares espanhóis mortos em missões no exterior desde o início da participação das Forças Armadas da Espanha em operações oficiais no estrangeiro, em 1989.
Os militares espanhóis circulavam a bordo de um veículo blindado, que ficou muito avariado após a explosão. As autoridades libanesas afirmam que a violência do impacto foi tamanha que dois dos corpos foram jogados para fora do blindado. Cinco morreram imediatamente. A sexta vítima ainda foi levada com vida para socorro médico, mas morreu pouco tempo depois.
A Espanha mantém no Líbano cerca de 1.100 soldados, em sua maioria da Brigada de pára-quedistas, enquadrados na Finul, que assegura a paz nesse país após a guerra declarada por Israel contra o grupo guerrilheiro libanês Hezbollah.
O atentado, segundo autoridades espanholas, ocorreu quando os soldados realizavam uma missão de rotina em Sahel al Derdara, nas proximidades de Jiam. A explosão foi bastante potente e pode ser ouvida a vários quilômetros do atentado.
O grupo Hezbollah condenou o atentado e deixou claro que não tinha responsabilidade pelo ataque. O movimento ainda lamentou o incidente, que qualificou de “ação suspeita”, dizendo que “prejudica os habitantes do sul do Líbano e aumenta a insegurança” da região.
Com agência Efe e France Presse
FO