O primeiro debate dos candidatos ao governo do Rio de Janeiro no segundo turno teve como tema principal a segurança pública. Na TV Bandeirantes, Sérgio Cabral (PMDB) defendeu a integração do governo do Estado com a União, apostando na reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Cabral afirmou que já estabeleceu uma parceria com o presidente principalmente para a realização dos jogos panamericanos.
O peemedebista disse que pretende ter a Polícia Civil trabalhando com a Polícia Federal e a Polícia Militar com as Forças Armadas. “Política de segurança pública é inteligência e integração”, disse.
A candidata do PPS, Denise Frossard, também defendeu uma integração do Estado com a União, mas atacou o candidato do PMDB alegando que Cabral representa a continuidade do governo de Anthony Garotinho. O primeiro bloco do debate também contou com críticas de Frossard às alianças de Sérgio Cabral, que rebateu dizendo que a candidata do PPS não apresenta propostas.
O tema educação foi abordado no final do primeiro bloco, quando Frossard defendeu o ensino integral com aulas e atividades extraclasse. Já Cabral prometeu melhorias salariais para professores e funcionários da rede pública de ensino.
No segundo bloco, Cabral voltou a defender parcerias com a União. Ele sugeriu a integração do Estado com o governo federal para promover melhorias na rede pública e a expansão do Metrô. Denise Frossard manteve o tom mais agressivo e acusou Cabral de fazer “conchavos políticos”.
Ela afirmou que as alianças do peemedevista vão produzir corrupção e desvio da finalidade da máquina pública em caso de vitória. Frossard também acusou o adversário de arquivar CPIs contra o ex-governador Anthony Garotinho na época em que Cabral era deputado estadual e presidente da Assembléia Estadual do Rio de Janeiro (Alerj). Sérgio Cabral se defendeu exaltando qualidades da sua gestão na Assembléia. Segundo o candidato do PMDB, no período, foram aprovadas várias leis, inclusive, a do passe livre para idosos e estudantes da rede pública nos ônibus.
Frossard se negou a responder uma eprugnta de Cabral sobre a questão da expansão do gás Gás Natural Veicular (GNV). Ela alegou que se trata de uma atividade da Petrobras e da iniciativa privada e o Estado do RJ tem apenas a função de oferecer infra-estrutura.
Frossard voltou a atacar Sérgio Cabral na segurança pública, criticando o fato do PMDB propor recompensa em dinheiro a policiais por seu desempenho. Sergio Cabral se defendeu atacando o aliado político de Denise Frossard, fazendo uma referência ao prefeito carioca, Cesar Maia. ¿O seu professor lhe ensinou mal a fazer factóides¿, disse.
Terceiro bloco
A segurança pública dominou grande parte do terceiro bloco. Sérgio Cabral criticou o fato da Denise Frossard não saber receber quantos batalhões da PM há no Estado. De acordo com Cabral, Frossard é a candidata de uma questão só (segurança) e não domina o assunto.
Frossard rebateu dizendo que o número de unidades não importa e sim o trabalho dos policiais. Ela voltou a vincular a imagem de Cabral ao ex-governador Anthony Garotinho. Frossard questionou o fato de Cabral não ter sugerido uma auditoria na gestão de Garotinho quando ele era presidente da Alerj e 67% dos contratos do governo fluminense foram feitos sem licitação. Frossard disse ainda que Cabral foi solidário com a recente greve de fome realizada por Garotinho após denúncias de desvios de verba da gestão de Rosinha Garotinho para ONGs.
Em resposta, Cabral acusou Frossard de ter ido ao debate somente para atacá-lo ao invés de apresentar proposta.
