A segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa conseguiu imunizar 98,5% do rebanho bovino de Várzea Grande. Além de serem notificados, os proprietários dos 1,15% restantes serão localizados e obrigados a fazer a vacinação.
O prazo de aplicação do medicamento terminou dia 31 de maio. Estima-se que o rebanho municipal, cuja idade de zero a dois anos, é composto de cerca de 10.500 animais.
O presidente do comitê municipal de erradicação e combate à febre aftosa, José de Arruda Filho, explica que muitas vezes os proprietários vacinam seu rebanho, mas não fazem o comunicado de todas as cabeças ao escritório do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), em Várzea Grande. Então, é necessário checar caso a caso.
Se ficar comprovado que não houve a vacinação, o proprietário é notificado e recebe autorização para uma nova compra de vacina, pois as empresas não vendem a vacina fora do período. A partir da compra, a imunização é acompanhada por técnicos do Indea.
“A vacinação tem que ser feita dentro ou fora do prazo. Deve ser realizada obrigatoriamente. Nossa meta é, sempre, imunizar 100% do rebanho e garantir sua sanidade, mantendo Várzea Grande e o Estado como área livre da aftosa”, assegura o presidente do comitê.
Na primeira etapa da campanha, realizada no mês de fevereiro, foram vacinados animais de até 12 meses de idade. José Arruda informou que depois que Mato Grosso erradicou a doença e consolidou, há dois anos, a certificação de área livre pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), o resultado foi um crescimento de 60% nas exportações.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Agricultura, José Aguiar Portela, os produtores várzea-grandenses vivem um dos momentos mais importantes da sua história, com a possibilidade crescente de abertura de novos mercados e a consolidação de outros. “A estabilização de área livre da aftosa é o primeiro passo para que possamos avançar na exportação de carne”, afirma.