Crianças menores de 5 anos devem ser vacinadas, neste sábado (14), na segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Cerca de 115 mil postos de vacinação devem participar da mobilização em todo o país. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 14,6 milhões de crianças, o que representa 95% dos menores de 5 anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, os pais devem procurar a Secretaria de Saúde do seu município para informações sobre locais de vacinação e horários de funcionamento dos postos.
A vacinação contra a paralisia infantil é administrada via oral, e é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante todo o ano nos postos de saúde para as vacinações de rotina. O ministério alerta que todas as crianças menores de 5 anos tomem as duas doses da vacina durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.
A primeira etapa da vacinação ocorreu em 12 de junho. Crianças que não foram vacinadas na ocasião podem e devem ser imunizadas neste sábado. A vacina não apresenta contraindicações, porém recomenda-se que crianças que estejam com febre acima de 38 graus ou com alguma infecção sejam avaliadas por um médico antes de receberem as gotinhas. A vacina também não é recomendada para crianças que tenham problemas de imunodepressão (como câncer e Aids ou outras doenças que afetem o sistema imunológico).
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave, causada e transmitida por um vírus (o poliovírus). A contaminação se dá principalmente por via oral. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores.
Brasil sem poliomielite
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está livre do vírus causador da pólio desde 1989, quando o último caso da doença foi registrado, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de eliminação da poliomielite. No entanto, segundo a pasta, enquanto houver circulação do vírus em qualquer região do mundo é necessário continuar com a vacinação.
Porém, a doença ainda é comum em outras partes do mundo. A imunização previne contra os riscos de importação de casos provenientes de outros países que ainda registram casos da doença, principalmente dos que têm relações comerciais ou registram um fluxo migratório com o Brasil, como é o caso de alguns países africanos e asiáticos.