Guerra no Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista Hamas completa um mês nesta terça-feira, 7, com mais de 11 mil mortos
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, voltou a pedir nesta segunda-feira, 6, um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, e alertou que o bombardeio israelense no enclave palestino da Faixa de Gaza está se transformando em um “cemitério de crianças“. “A catástrofe que se desenrola torna a necessidade de um cessar-fogo humanitário mais urgente a cada hora que passa”, disse Guterres a jornalistas na sede da ONU em Nova York. “As partes em conflito – e, de fato, a comunidade internacional – enfrentam uma responsabilidade imediata e fundamental: deter este sofrimento coletivo desumano e ampliar drasticamente a ajuda humanitária a Gaza”, disse.
“O pesadelo em Gaza é mais que uma crise humanitária. É uma crise de humanidade”, destacou. A guerra no Oriente Médio se originou depois que milicianos do Hamas invadiram o território israelense em 7 de outubro, matando cerca de 1.400 pessoas, a maioria civis, incluindo jovens que participavam de um festival de música eletrônica. Em represália, Israel lançou bombardeios incessantes e fez incursões terrestres na Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, mais de 10.000 pessoas morreram, incluindo mais de 4.000 crianças.
Guterres lançou formalmente um apelo para mobilizar um pacote de ajuda humanitária da ONU no valor de 1,2 bilhão de dólares (R$ 5,8 bilhões) para atender os cerca de 2,7 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza e nos territórios da Cisjordânia e de Jerusalém oriental, ocupados por Israel. Caminhões de ajuda chegaram a Gaza a partir do Egito através da passagem de Rafah, mas o nível se mantém muito abaixo do que havia antes de 7 de outubro. Israel alega que precisa de tempo para fazer os controles de segurança nos veículos e que não levam combustível. “Sem combustível, os recém-nascidos em incubadoras e os pacientes que dependem de suporte vital vão morrer”, afirmou Guterres.
*Com informações da AFP.-JovemPan