O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, disse que não pretende continuar a liberação dos US$ 700 bilhões para estabilizar o sistema financeiro até que o novo presidente dos EUA, Barack Obama, assuma o cargo, em 20 de janeiro.
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Segundo entrevista publicada no “The Wall Street Journal”, Paulson afirmou que vai “fazer o que devemos fazer para manter um sistema forte, mas não vou procurar comprometer novas coisas, a menos que elas sejam necessárias, a menos que tenham um grande sentido”.
“Quero preservar a potência da chama e a flexibilidade que temos agora” para “os que vêm depois de nós”, explicou.
Dos US$ 700 bilhões desbloqueados pelo Congresso desde outubro, Paulson recebeu autorização para gastar US$ 350 bilhões. O procedimento normal seria voltar à Casa para obter a liberação da outra metade.
Pelo menos US$ 290 milhões já foram distribuídos pelo Tesouro americano: US$ 250 bilhões para desencalhar o setor bancário e US$ 40 bilhões na forma de empréstimo para a seguradora AIG. Em tese, da primeira metade, Paulson ainda tem US$ 60 bilhões para gastar.
Dos US$ 250 bilhões destinados a esse “programa de compra de capital”, o Tesouro dirigiu, no final de outubro, 115 bilhões de dólares para oito dos grandes bancos americanos em troca de uma participação minoritária em seu capital.
Além disso, US$ 10 bilhões devem ir para o banco de negócios Merrill Lynch, quando a instituição tiver sido absorvida pelo Bank of America.
Hoje, o Departamento do Tesouro anunciou ter destinado mais US$ 33,56 bilhões, seguindo o mesmo princípio, para 21 novos estabelecimentos financeiros.
A melhor fatia desse bolo ficou com o US Bancorp, o grande banco de Minneapolis (norte), com 6,599 bilhões de dólares.
De acordo com o Tesouro, esse programa, para o qual restam quase US$ 91,5 bilhões, deve continuar normalmente.
F.Online