Em coletiva à imprensa no auditório da sede da Secretaria de Saúde de Cuiabá, o secretário Lamartine Godoy Neto enfatizou a necessidade da população colaborar para se evitar o risco de uma epidemia de dengue na capital. Segundo ele, 75% dos maiores índices de infestação do mosquito estão centralizados nas residências. "O grande foco da dengue encontra-se nas casas. A população precisa se conscientizar de que é a sua própria saúde e a de sua família que está em risco e nos auxiliar nessa missão, neutralizando possíveis criadouros do vetor da doença, como caixas d'água, pneus com água, latas, vasos e outros recipientes".
Participaram dessa coletiva o médico Euze Carvalho (secretário adjunto de Assistência), Benedito Oscar Fernandes de Campos, diretor de Vigilância em Saúde e Ambiente, e Alessandra da Costa Carvalho, coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, que discorreram sobre os índices preocupantes da dengue no município cuiabano. Segundo eles, apesar de em 2011 não ter sido registrada nenhuma morte por dengue (em 2010 foram quatro), o risco da doença no atual período é maior, por apresentar um índice de infestação superior a do ano passado.
Os bairros Pedra 90, Pedregal, Santa Isabel, Alvorada, Novo Paraíso e a região do Grande CPA são os que apresentam maior índice de larvas do Aedes Eegypti. No trabalho de controle do mosquito atuam hoje 320 agentes comunitários, continuamente em campo, levando informação e combatendo os focos.
Lamartine Godoy salientou a importância do trabalho conjunto desempenhado pelos agentes de saúde, com apoio das secretarias Municipais de Meio Ambiente, Infraestrutura e Ministério Público. O secretário destacou a participação e apoio do MPE nas ações de combate à dengue, ressaltando que o cidadão que se negar a cooperar será inicialmente notificado para que cumpra o seu papel, sob pena de ser multado e responder na Justiça pela sua omissão. “Este deve ser primeiramente um ato de cidadania, mas se for necessário, acionaremos na Justiça aqueles que colocarem obstáculo à realização das medidas preventivas. Vamos fazer tudo o que for necessário para proteger a saúde da população”.
"As visitas são importantes, mas as equipes têm encontrado dificuldades. Muitos cidadãos não aceitam nova vistoria, argumentando que já foi feito isso semanas antes. São nessas visitas preventivas que os agentes descobrem os focos do Aedes Aegypti e instruem os moradores para destruir tais criadouros. Existe ainda o trabalho de pulverização mais específico nas residências, bastante eficaz (bloqueio químico, quando se utiliza uma bomba costal motorizada)”, explica Lamartine.
