Plebiscito sobre VLT e BRT é “desperdício de dinheiro”
O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho (DEM), disse que o plebiscito sobre a alteração do modal de transporte a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande é “um desperdício de dinheiro”.
A consulta popular não irá interferir na decisão do Governo do Estado, de trocar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Ônibus de Transporte Rápido (BRT).
O secretário observou que a decisão já foi tomada, e que não existe a possibilidade de o Governo do Estado retroagir.
“É um total desperdício de dinheiro numa coisa que já está definida. O resultado não irá interferir na decisão. Já está definido pelos meios legais”, disse Carvalho, que lamentou a decisão tomada pela Câmara de Cuiabá, que aprovou a realização do plebiscito há duas semanas.
O plebiscito foi aprovado após articulação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) junto à sua base aliada no Legislativo.
Agora, o prefeito tenta fazer com que os vereadores de Várzea Grande também aprovem a medida no município.
Apesar disso, Mauro Carvalho acredita que a consulta não terá validade jurídica alguma, uma vez que o investimento será feito pelo Estado, e a consulta pública pelo município.
“É lamentável, pois foi feita uma audiência pública determinada pela Justiça Federal, o Conselho se reuniu e aprovou. Foi feita audiência pública na Câmara de Vereadores. Então, eu acho que não tem cabimento nenhum esse plebiscito, até porque não pode ser de Cuiabá e Várzea Grande, porque o recurso a ser investido no BRT é do Estado de Mato Grosso. Então, nós vamos fazer um plebiscito nos 141 municípios? O Estado pretende a população, se eu for fazer um plebiscito tenho que ouvir os 141 municípios e não só a baixada cuiabana”, questionou o secretário.