O Comando da Aeronáutica anunciou que vai adotar o gerenciamento para controle de tráfego aéreo sobre o oceano Atlântico através de satélites. O ACC Atlântico, centro de controle responsável por monitorar as rotas sobre o oceano, a maioria ligando o Brasil à Europa, será o primeiro da América Latina a adotar o sistema CNS/ATM (sigla em inglês para Comunicações, Navegação, Vigilância e Gestão de Tráfego Aéreo).
O satélite tornará as viagens aéreas muito mais seguras, já que os oceanos sempre foram considerados zonas cegas para as autoridades aeronáuticas. O controle do espaço aéreo normalmente é feito por radares e rádios – equipamentos de comunicação que precisam ser posicionados em solo.
O ACC Atlântico funciona no mesmo espaço físico que o Cindacta 3 (Recife). Porém, enquanto o Cindacta é operado pela Aeronáutica, a ACC Atlântico está a a cargo da Infraero. Trata-se do quinto centro de controle do espaço aéreo do País, ao lado de Brasília (Cindacta-1), Curitiba (Cindacta-2), Recife (Cindacta-3) e Manaus (Cindacta-4).
A previsão é de que, até 2020, o sistema CNS/ATM seja disseminado, o que vai revolucionar os conceitos de pontualidade e regularidade e a segurança dos vôos.
No entanto, os controladores de tráfego aéreo que atuam no Brasil alertam para o fato de que o satélite não vai desafogar o tráfego dentro do país, já que o ACC Atlântico monitora apenas vôos internacionais. A necessidade de compra de novos equipamentos e contratação de mão-de-obra continua existindo.
FU
