O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ordenou o cancelamento imediato das operações de crédito consignado com o Banco Cruzeiro do Sul. As operações ficaram suspensas até que terminem as investigações contra o servidor do Senado João Carlos Zoghbi.
Reportagem da revista “Época” revela que Zoghbi participava de um esquema de desvio de recursos do Senado usando empresas de fachada registradas em nome de uma ex-babá, de 83 anos. Em uma das supostas ações de desvio de dinheiro público, o servidor teria fraudado o serviço de crédito consignado oferecido pelo Banco Cruzeiro do Sul aos funcionários do Senado.
Sarney havia determinado à Polícia Legislativa que abra inquérito para investigar as denúncias. As investigações devem durar 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
Até o início deste ano, Zoghbi era diretor de Recursos Humanos do Senado, mas foi afastado do cargo após denúncia de que usava um apartamento funcional para residência de seus filhos, mesmo tendo residência em Brasília.
O senador Romeu Tuma (PTB-SP), corregedor do Senado, também pretende pedir ao Ministério Público que apure outras possíveis irregularidades cometidas por Zoghbi enquanto este esteve à frente de outras diretorias da Casa.
Leia a íntegra da nota divulgada pelo presidente José Sarney:
“Em face das denúncias publicadas pela revista Época, envolvendo o funcionário João Carlos Zoghbi, a Mesa Diretora do Senado, através do seu presidente, adotou as seguintes providências:
1. Abertura de sindicância administrativa sobre os fatos relatados na reportagem;
2. Abertura de inquérito policial para apurar as alegadas implicações criminais dos fatos noticiados;
3. Abertura de sindicância pela Corregedoria do Senado Federal para tomar as providências cabíveis;
4. Suspender as operações de crédito em consignação com o Banco Cruzeiro do Sul, até que sejam concluídas as apurações.
Presidência do Senado Federal
U;SEG