vitória sobre o Palmeiras deu novo ânimo ao São Paulo, que resiste às tentações da janela de transferências para a Europa, mas a realidade dos próximos jogos do Brasileiro é muito mais difícil para uma arrancada do que parece.
A partir de quarta-feira, contra o Vitória, o torcedor terá que se acostumar a ver um time com quatro desfalques em campo no Brasileiro, mesmo que nenhum jogador até agora tenha negociado sua saída.
Uma realidade que deverá se estender por sete rodadas, a não ser que Miranda, com trauma em ligamento do joelho, e Borges, com luxação no cotovelo, recuperem-se antes da previsão de três semanas a um mês que ambos receberam –o que se daria por volta do dia 6 de agosto, data da partida contra o Fluminense, no Maracanã.
Quarta-feira, os dois não entram em campo. Nem os suspensos Aloísio e André Dias. Depois do jogo do próximo domingo, contra o Botafogo, Alex Silva e Hernanes se apresentarão ao técnico Dunga para os treinamentos, visando a Olimpíada.
Só isso já cria um calendário de desfalques em que pelo menos seis jogos terão de ser disputados sem quatro titulares. São 18 pontos preciosos e um desafio para Muricy, que é brasileiro e não desiste nunca.
“Não para dá ficar jogando toda hora. Isso aumenta o número de contusões e suspensões. Quanto aos que não poderão atuar, prefiro falar dos que vão entrar. Vamos trabalhar porque precisamos da vitória na quarta-feira”, declarou o treinador são-paulino.
Com isso, redobra-se a atenção àqueles jogadores que estão pendurados: Richarlyson, Joilson, Hugo e Rogério podem desfalcar o time em caso de um novo cartão amarelo.
Uma situação de tensão que o time terá de enfrentar no mínimo até o jogo de 3 de agosto, contra o Vasco, quando os reforços que chegam de clubes do exterior poderão ser inscritos pelo São Paulo no Brasileiro. São os casos do atacante André Lima (Hertha Berlin) e dos zagueiros Rodrigo (que estava no Flamengo, mas com direitos esportivos presos ao Dínamo de Kiev) e Anderson (Lyon).
Os dois últimos devem ser oficialmente apresentados já nesta sexta-feira, segundo o diretor de futebol tricolor, João Paulo de Jesus Lopes.
Na reapresentação após o 2 a 1 sobre o Palmeiras, os jogadores estavam sorridentes. Haviam recebido R$ 80 mil como prêmio pela vitória no clássico e demonstraram certo clima de revanche contra os rivais.
“Não serei hipócrita para dizer que a derrota na semifinal [do Paulista deste ano] não estava engasgada. Estava sim”, declarou Richarlyson.
