O São Paulo entra em campo nesta quarta-feira, diante do Bolívar, pelo primeiro jogo da pré-Libertadores, com a obrigação de vencer. É assim que Ney Franco define a responsabilidade da equipe paulista no desafio marcado para esta noite, no Morumbi, que deve ter pelo menos 40 mil pessoas nas arquibancadas.
O comandante chegou a dizer que preferia até jogar com um time de melhor expressão para que os dois times conseguissem dividir o peso da decisão. Mesmo assim, o treinador não deixou de elogiar o time que elegeu o “Barcelona” da Bolívia.
"Eu assisti a um jogo do Bolívar e é uma equipe que valoriza muito a posse de bola, é técnica, sabe jogar e não vai ficar esperando uma bola parada para resolver o jogo. Eles têm um treinador espanhol, que tenta fazer o time jogar que nem o Barcelona, que nem a seleção espanhola, no mesmo sistema tático. Vejo que o ponto fraco deles é a penetração na zaga adversária e a exposição do sistema defensivo na hora do ataque", disse o técnico.
"Eu sei que temos a obrigação de ganhar e, até por isso, às vezes prefiro encarar um time de maior expressão nacional para poder dividir a responsabilidade", completou.
Para encarar a equipe, Ney Franco preferiu fazer uma mudança no time. Ele escalará Aloísio aberto pela direita, com Osvaldo do outro lado e Luís Fabiano centralizado. Jadson, que antes abria pela direita durante a sua atuação, ganhou a vaga de Ganso no meio de campo, que acabou no banco de reservas.
Tudo para que o time consiga uma boa vantagem no Morumbi, para ir à Bolívia mais tranquilo, sem precisar se preocupar tanto com a altitude. A ideia de Ney é usar a velocidade e a força de Aloísio pelas laterais, para dar ainda mais bolas para que Luís Fabiano tente balançar as redes adversárias.
"A gente entra com a responsabilidade, primeiro, de vencer o jogo. Depois, se tivermos competência, vamos abrir um placar bom. Mas, sinceramente, ainda não me preocupei com a altitude. Penso no jogo desta quarta-feira, apesar de já ter profissionais focados nas dificuldades de La Paz", completou.
Na Bolívia, os jogadores embarcaram para o Brasil confiantes em um bom resultando, mas reconhecendo que o São Paulo é o grande favorito para esta partida.
"Se a gente pode incomodar o São Paulo? Claro que sim! É onze contra onze, a única diferença é que os são-paulinos custam 50 milhões de dólares e nós devemos custar um. Mas tem uma equipe comprometida e quer fazer as coisas. Se comparar nome por nome, tem diferença, mas o futebol é 11 contra 11. É só ver o mundial sub-20, que Brasil e Argentina estão fora", disse o goleiro titular do Bolívar, Marcos Arguello.
FICHA TÉCNICA – SÃO PAULO X BOLÍVAR
Data: 23/01/2013
Horário: 22h
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Douglas, Lúcio, Rhodolfo e Cortez; Denílson, Wellington e Jadson; Aloísio, Osvaldo e Luís Fabiano
Técnico: Ney Franco
BOLÍVAR: Argüello; Christian Vargas, Nelson Cabrera, Tobías e R. Cardozo; Walter Flores, Damir Miranda, Lizio, Alvarez e J. Arce (Maygua); William Ferreira
Técnico: Migue Ángel Portugal
Danilo Lavieri
Do UOL, em São Paulo