Eliminados no Campeonato Paulista, Ponte Preta e São Paulo voltaram a campo nesta quarta-feira para tentar superar o trauma e encaminhar a classificação na Copa do Brasil. A Macaca mostrou que lidou melhor com a derrota para o Guarani, no último domingo, venceu o Tricolor, em Campinas, por 1 a 0, e agora está a um empate da vaga nas quartas de final do torneio nacional. O Tricolor, que deixou o Paulistão após derrota por 3 a 1 para o Santos, também no domingo passado, até conseguiu ameaçar no início, mas se apagou no segundo tempo e ainda correu risco de levar mais gols.
Por mais que o primeiro tempo tenha sido lá e cá, com muitas oportunidades dos dois lados, ninguém jogou bem. As chances criadas foram, em sua maioria, em consequência de erros dos times. Muito espaço e falhas na marcação. No segundo tempo, a Ponte Preta melhorou e tomou conta da partida até marcar o gol, com Roger, de cabeça, e ameaçar em contra-ataques. No fim, no jogo da ressaca, a equipe de Campinas mostrou ao menos um esboço de reação. O Tricolor agora tem um novo tropeço a remoer.
Os dois times voltam a se enfrentar para decidir quem vai às quartas de final na próxima quinta-feira, às 21h50, no Morumbi. O Tricolor precisa vencer por dois gols de diferença para se classificar. Se devolver o 1 a 0, levará a decisão para os pênaltis. O empate é da Macaca, que ainda pode perder por um gol de diferença, desde que marque. Esse é o tamanho do gol de Roger.
Mudanças, erros e nada de gols
Antes de começar o jogo, uma notícia que pegou todos de surpresa. O zagueiro Paulo Miranda foi afastado pela diretoria principalmente por conta das falhas que cometeu contra o Santos. No lugar dele, o técnico Emerson Leão Leão colocou Edson Silva. Se houve surpresa na defesa, nos outros setores o treinador confirmou o que deixou no ar durante a semana: o meia Jadson foi para o banco. Na vaga do camisa 10, o atacante Fernandinho foi escalado para jogar pela esquerda, avançado, ao lado de Luis Fabiano e Lucas. A ligação ficou por conta de Cícero.
Roger comemora o gol que dá vantagem à Ponte (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Outro nome que estava confirmado era o de Douglas. O lateral-direito ganhou a posição de Piris. Em campo pela primeira vez nesta temporada (o atleta chegou do Goiás com problema no púbis, ficou em tratamento e só fez sua estreia nesta quarta-feira), teve muita dificuldade. Apoiador, deixou muitos espaços às suas costas e a defesa ficou desguarnecida. Na frente, também não chamou atenção.
Do outro lado, uma Ponte Preta com algumas pequenas surpresas. Gilson Kleina escalou Cicinho como um lateral, mas, na verdade, ele jogou mais avançado, em uma segunda linha de quatro, com total liberdade para atacar.
Os times se mandaram para o ataque em busca dos gols. Cícero, com um minuto, acertou a trave. A resposta veio pouco depois com Renato Cajá, no travessão. Porém, que os lances de maior perigo foram ocasionados por erros das defesas. O São Paulo deu muito espaço pelos lados e, quando a bola ia pelo meio, Rhodolfo e Edson Silva se complicavam. Do outro lado, a mesma coisa. Cortez e Fernandinho deitaram e rolaram pela esquerda. Os cruzamentos, porém, foram errados.
Em dois lances, a torcida da Ponte Preta reclamou de pênalti. Renato Cajá foi ao chão dentro da área, mas o árbitro não marcou. Logo depois, a bola bateu no braço de Douglas. Novamente, nada foi assinalado.
Além dos espaços, os erros de passe também chamaram atenção. Os dois times se complicaram no toque de bola do meio de campo e deram para os adversários várias oportunidades. Mas, nada de gol.
Macaca na frente
Se o primeiro tempo foi lá e cá, o segundo teve a Ponte Preta com muito mais chances de marcar. Logo no início, a Macaca tomou conta do meio de campo e foi bem mais perigosa, aproventando a velocidade de Cicinho e o crescimento de Renato Cajá, que passou a jogar bem.
O São Paulo, por outro lado, deixava muitos espaços. Além disso, não conseguia uma boa ligação entre o meio e o ataque. O trio de atacantes, isolado à frente, não conseguia receber a bola em condições de criar algo. O lateral-esquerdo Cortez era o jogador mais lúcido da equipe do Morumbi e conseguiu dar algum trabalho à Macaca, mas sem assustar.
Aos 17 minutos do segundo tempo, Cicinho achou espaço na direita para mandar o cruzamento para a área. Roger apareceu em um buraco deixado por Rhodolfo e marcou o gol da Ponte.
À frente no placar, a Ponte recuou para esperar o Tricolor, que se mandou para o ataque, abrindo espaços para os contra-ataques da equipe campineira, que criou várias chances para marcar, mas errou o alvo. Já nos acréscimos, Luis Fabiano caiu na grande área em lance que gerou muita reclamação pelos lados são-paulinos, mas o árbitro nada marcou. Porém, no fim, acabou ficando barato para o time paulistano.
GLOBOESP
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