Conforme Edson Menezes, o levantamento e a estimativa do estoque de carbono
(inventário das propriedades) será feito pela IMEI Consultoria e parceiros**
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Depois de ser reconhecido, por meio da lei n.º 9.286, como de interesse
público e modelo de sustentabilidade sócio-ambiental e econômico, o Projeto
São Lourenço Mata Viva inicia a fase de levantamento e estimativa de carbono
das propriedades. Com base nesse levantamento, serão emitidos títulos de
créditos para serem negociados na Bolsa de Ativos Ambientais, que será
inaugurada em Goiânia, no mês de abril.
De acordo com o vice-presidente e tesoureiro da Associação São Lourenço Mata
Viva, Edson José Menezes, esta será a primeira Bolsa de Ativos Ambientais do
Brasil. Ao todo, o Projeto São Lourenço Mata Viva é composto por 66
propriedades que representam uma área de mais de 40 mil hectares em 12
municípios que formam a Bacia do São Lourenço.
Conforme Edson Menezes, o levantamento e a estimativa do estoque de carbono
(inventário das propriedades) será feito pela IMEI Consultoria e parceiros,
já o georeferenciamento é feito pela MidiaGeo Tecnologia, uma empresa de
Geotecnologias e Engenharia, sediada em Cuiabá (MT), com atuação em todo o
Estado de Mato Grosso.
Já a emissão dos títulos será acompanhada, validada e certificada pela Unesp
(Universidade Estadual Paulista), juntamente com o Idesa (Instituto de
Desenvolvimento Econômico e Sócio-ambiental).
O Projeto São Lourenço Mata Viva é o segundo desenvolvido em Mato Grosso a
partir da metodologia Brasil Mata Viva, que objetiva o desenvolvimento com
sustentabilidade através da comercialização de carbono nas áreas que
integram o projeto. O primeiro, Xingu Mata Viva, está sendo implementado na
região do Araguaia, nordeste mato-grossense.
*Apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso*
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Tão logo a Metodologia Brasil Mata Viva foi apresentada ao deputado estadual
Mauro Savi (PR), líder do governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso,
recebeu o apoio do parlamentar.
A primeira ação efetiva de Savi em apoio à iniciativa foi a convocação de
uma audiência pública para discutir a implantação do projeto Xingu Mata Viva
em Santa Cruz do Xingu, em 2008.
Em seguida, com apoio dos deputados Guilherme Maluf, Wagner Ramos e Percival
Muniz, Mauro Savi conseguiu aprovar a lei n.º 8.981/2008, que declara o
Xingu Mata Viva de interesse público e modelo de sustentabilidade
sócio-ambiental e econômico.
A mesma linha foi seguida no projeto São Lourenço Mata Viva, porém, desta
vez o parlamentar conseguiu mais uma adesão, o deputado José Riva, que
também foi co-autor da Lei nº 9.286 de 22 de dezembro de 2009.
Quatro projetos já estão em desenvolvimento a partir da Metodologia Brasil
Mata Viva: Xingu Mata Viva e São Lourenço Mata Viva, em Mato Grosso;
Araguaia Mata Viva em Goiás, e rio Preto Mata Viva, na Bahia. A implantação
do quinto projeto já está sendo discutida no município de São José do Rio
Claro, também em Mato Grosso.
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Marcia Raquel