Além da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, outros 14 ministros (mais de 40% de todo o primeiro escalão) devem deixar seus cargos até o dia 2 de abril, quando termina o prazo de desincompatibilização para concorrer nas eleições deste ano, em outubro. Com a oficialização do status de ministério de mais quatro órgãos no último dia 25 de março, o governo agora conta com 37 ministros.
No lançamento da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), na última segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que as vagas serão ocupadas, de preferência, pelos respectivos secretários-executivos. “Não adianta ninguém vir me pedir cargo porque não tem”, disse durante discurso no evento.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, reforça a ideia de que a troca de ministros em função das eleições não é uma reforma ministerial. “É apenas uma substituição, não uma reforma por necessidade de mudança. E quanto mais natural ela for, melhor para o governo”.
Devem concorrer ao governo de seus Estados os ministros Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), Alfredo Nascimento (PR-AM), Patrus Ananias (PT-MG) e Hélio Costa (PMDB-MG), que também pode disputar a reeleição no Senado ou ser vice na chapa de Dilma. Para cargos no Legislativo, devem concorrer Reinhold Stephanes (PMDB-PR), José Pimentel (PT-CE), Carlos Minc (PT-RJ) e Edison Lobão (PMDB-MA).
Henrique Meirelles (PMDB) deve definir na quarta-feira se sai da presidência do Banco Central. Seu nome é cotado para disputar o governo de Goiás, para concorrer ao Senado e também para ser candidato à vice na chapa de Dilma.
Fica no governo Lula Fernando Haddad (Educação), que aguardava a decisão do PT sobre seu candidato ao governo de São Paulo. Haddad era a terceira opção de Lula para a corrida paulista, depois de Ciro Gomes (PSB), que mantém sua pré-candidatura à presidência, e Aloizio Mercadante, pré-candidato pelo PT.
U.Seg/Nara Alves