Uma das vítimas era amiga de longa data da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni; atirador foi contido e está preso
O assassinato de três mulheres em um café de Roma, na Itália, sendo uma das vítimas Nicoletta Golisano, amiga de longa data da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, está sendo investigado pelas autoridades. O caso, que aconteceu no domingo, 11, quando um homem, identificado como Claudio Campi, 57 anos, invadiu uma reunião de coproprietários em um bairro do norte da capital italiana e atirou nas mulheres com uma pistola Glock. Dentre as vítimas também estão Elisabetta Silenzi e Sabina Sperandio, e mais quatro pessoas que ficaram feridas. Testemunhas que estava no local contaram que Campi entrou no lugar e começou a gritar que iria matar todos. O ataque só não foi pior porque Silvio Paganini, 67 anos, um dos feridos, conseguiu desarmar o atirador. O prefeito de Roma parabenizou o homem por sua atitude por meio de um post no Twitter. “Um gesto heroico que salvou a vida de muitas outras pessoas. Agradeci Silvio por sua coragem e abnegação”, escrever Roberto Gualtieri. Meloni notificou em sua conta no Facebook que o assassino foi detido e acrescentou dizendo que “espera que a justiça siga seu curso rapidamente. Mas a palavra justiça não é conveniente para falar do que ocorreu, já que nunca é justo morrer desta maneira”.
Ainda não se sabe a razão por trás do ataque. Porém, as investigações revelaram que o homem, que possui uma casa no condomínio onde a reunião estava sendo realizada, tinha problemas com os colegas e os acusavam de querer expulsá-lo de seu apartamento, segundo um texto publicado no início de novembro em seu blog. A presidente do condomínio, Bruna Marelli, deu sua versão da desavença. “Mandei uma liminar de 1.700 euros que ele nunca paga. Há alguns meses, por volta do mês de julho, mandei notificar Campiti com uma segunda liminar cujo valor exato não me lembro, que ele também não pagou”. Pessoas próximas do autor do crime disseram que a mudança de comportamento do homem começou em 2012 quando seu filho morreu ao colidir conta uma árvore enquanto brincava de trenó. Desde então ele lutava pela segurança das pistas de esqui.
Campiti não tinha licença para porte de arma, por isso ele roubou de um salão de tiro a Glock utilizada no ataque. Segundo as autoridades, o homem deve responder a três acusações de homicídio e quatro acusações de tentativa de homicídio, além de poder ilegal de arma. Devido a forma como o ataque aconteceu, os investigadores acreditam que o crime foi programado. “A premeditação também emerge claramente dos objetos [encontrados com Campiti], todos sintomáticos de um plano homicida organizado em detalhes: um segundo pente com 170 cartuchos, 155 cartuchos do mesmo calibre, um canivete, uma lâmina de 28 centímetros”, declarou o promotor Giovanni Musarò”.
JovemPan