Os valores pagos em ovos de Páscoa há muito assustam os consumidores. Para se ter uma ideia, é possível comprar oito barras de chocolate Diamante Negro, da Lacta, pelo valor pago num ovo de Páscoa da mesma marca. A Associação dos Consumidores Proteste preparou uma lista de opções para os que estão dispostos a gastar o dinheiro dos ovos em outros produtos ou serviços. "As pessoas não precisam necessariamente presentear alguém com ovos. Elas devem usar melhor esse dinheiro, porque nesta época do ano os preços são realmente elevados. No fim, há opções interessantes e que podem ser até melhores que o ovo", afirma Maria Inês Dolci, diretora da Proteste.
O site de VEJA conversou com os fabricantes para tentar entender as diferenças de preço entre os tabletes e os ovos. A explicação foi o valor agregado pela embalagem e as diferenças logísticas para distribuição do produto. Para a Cacau Show, o preço mais alto se justifica por que "o ovo se torna um presente", e não um mero chocolate. Já a Nestlé afirmou que a produção e distribuição envolvem "uma série de necessidades específicas", como a contratação de mão de obra temporária, desenvolvimento de embalagens especiais, processo manual de embalagem, armazenamento e transportes especiais.
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Já a Kopenhagen, que oferece opções de ovos de valor próximo de 1.000 reais, afirmou que a sofisticação de suas embalagens posiciona seus produtos um patamar acima dos chocolates de linha, ou seja, os vendidos em tablete pela própria empresa. "A elaboração é um processo delicado, complexo e trabalhoso. Por isso é diferente das etapas automáticas de outros produtos da empresa, mais baratos", afirmou Renata Moraes, vice-presidente executiva, em nota.
Revista Veja