Olhos vermelhos, visão embaçada, dificuldade em focar objetos e dor de cabeça. Entre as causas por trás desses sintomas podem estar três problemas: a conjuntivite, a síndrome do olho seco – mais comuns no inverno – e a síndrome da visão do computador, cada vez mais freqüente.
Mais agressiva, a conjuntivite rende ao paciente uma inflamação com olhos avermelhados e lacrimejantes, pálpebras inchadas, secreção e coceira. A doença, que pode durar 15 dias, é contagiosa e manifesta-se de duas formas. Há a versão infecciosa, causada por vírus, bactérias, fungos ou protozoários, e a não-infecciosa, também chamada de alérgica, provocada por agentes externos, como pó e poluição.
“Para cada diagnóstico há um tipo de colírio diferente. Dependendo do caso, ele apenas ameniza os sintomas. Em outros, combate o agente causador da doença. O tratamento errado pode irritar ainda mais os olhos”, alerta Ana Luisa Höfling-Lima, professora de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo.
A síndrome da visão do computador, por sua vez, aparece quando uma pessoa fica muito tempo em frente ao micro e a musculatura ocular fica cansada. “Ao longo do dia, é bom que a pessoa mire o infinito para descansar a vista.”
Já a síndrome do olho seco resulta da pouca qualidade ou pequena quantidade de
lágrima. Queda de temperatura, baixa umidade do ar e ambientes com ar-condicionado podem acentuar o incômodo. “Acontece também de as duas síndromes virem juntas, pois ao ficar longo tempo em frente ao computador, a pessoa pisca menos, o que prejudica a lubrificação dos olhos”, explica a oftalmologista.
Segundo o Instituto de Moléstias Oculares (IMO), de São Paulo, para prevenir a síndrome do olho seco e da conjuntivite alérgica é preciso evitar o acúmulo de poeira em casa e dormir em locais arejados.
Por Andrea Miramontes/F.U.