domingo, 24/11/2024
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Sai nesta quinta feira a senteça do acusado de matar Jesuita

A sentença de pelo menos um dos acusados da morte do missionário jesuíta e indigenista Vicente Cañas Costa será anunciada nesta quinta feira pelo juiz da 2ª Vara Federal em Mato Grosso, Jefferson Schneider.

O crime ocorreu em abril de 1987 em Juína (MT), distante 737 quilômetros de Cuiabá. O Ministério Público Federal pediu a condenação do delegado Ronaldo Antônio Osmar por homicídio duplamente qualificado, cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão. Ele teria intermediado o assassinato do religioso espanhol com os pistoleiros José Vicente da Silva e Martinez Abadio da Silva.

No primeiro dia do julgamento, Ronaldo Osmar, delegado à época em Juína, mostrou-se impassível diante da leitura do relatório e laudo periciais que apontaram as circunstâncias como o corpo do missionário fora localizado às margens do rio Juruena. De acordo com o relatório, o jesuíta foi morto a facadas por fazendeiros da região, quando se preparava para levar medicamentos a uma aldeia. Seu corpo foi achado cerca de quarenta dias depois por dois missionários do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), com o abdômen perfurado. O advogado do delegado acusado, Zoroastro Teixeira, sustenta a tese de que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) não aponta a causa da morte do missionário. Com base nessa informação, ele pedirá a absolvição de seu cliente.

A Justiça Federal em Mato Grosso desmembrou o julgamento do outro acusado pelo crime, o pistoleiro José Vicente da Silva. O julgamento dele está previsto para terça-feira. Já Martinez Abadio da Silva, outro acusado, não responderá ao processo, pois a acusação prescreveu entre o crime e a denúncia. Martinez está hoje com 73 anos. Mais dois fazendeiros denunciados como mandantes pelo Ministério Público, Pedro Chiquetti e Camilo Carlos Obici, morreram. O quarto mandante acusado, o fazendeiro Antonio Mascarenhas Junqueira, não pode mais ir ao tribunal porque tem mais de 70 anos e a ação contra ele também já prescreveu.

Com o apoio do Cimi, o missionário enfrentou fazendeiros do Norte de Mato Grosso para assegurar a demarcação das terras dos índios da etnia Enawenê-Nawê.

Agência Estado

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Parmenas Alt
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