O primeiro levantamento da safra 07/08 de cana-de-açúcar no país mostra um aumento de 11,1% na produção em Mato Grosso em relação à safra anterior. Foram 14,07 millhões toneladas de antes contra 15,6 millhões toneladas agora. Conforme o superintendente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado (Sindalcool), Jorge Santos, a tendência é que a produção continue a crescer pelo menos nas próximas 10 safras. O motivo é o crescimento do mercado de álcool e biocombustível, tanto nacional, quanto internacional. Esse aumento na produção deve acontecer principalmente se forem confirmados os contratos de exportação. Além disso, Santos aponta que dois problemas básicos devem ser resolvidos logo. Um deles é a determinação do padrão do álcool que vai vigorar no mundo, para que todos possam concorrer em pé de igualdade. Outro é a definição do produto como commoditie para poder ser negociado na bolsa. Este último ponto especificamente está sendo encampado por Brasil e Estados Unidos, os maiores produtores de álcool do mundo.
Segundo o levantamento da Conab, a área plantada de cana em Mato Grosso aumentou 10%, passando de 209,7 mil hectares para 230,7 mil. A produtividade cresceu apenas 1%. Saiu de 67,1 toneladas por hectare para 67,8 toneladas. No Centro-Oeste, o Estado foi o que menos teve aumento de área. Em Mato Grosso do Sul e Goiás o incremento foi de 18% e 19% respectivamente. Dentro da região, Mato Grosso tem a segunda colocação em área plantada e produção. No Brasil, foram produzidas 527,9 mil toneladas de cana nesta safra, contra 474,8 mil em 06/07. O crescimento foi praticamente o mesmo nível percentual de Mato Grosso, 11,2%.
Da produção total de cana do Estado, a maior parte, 10,2 mil toneladas, viram álcool. Para a produção de açúcar vão 4,6 mil toneladas. Conforme Santos, a lucratividade do álcool combustível é maior. Com a açúcar, a concorrência internacional é grande, além do consumo vir caindo ao longo dos anos por conta das teorias de vida mais saudável.
A Gazeta