Neste sábado, 29, é dia de vacinação anti-rábica em Várzea Grande. A mobilização tem início às 8h e seguirá até às 17h em 66 postos fixos de
imunização, entre eles, dez clínicas veterinárias parceiras da secretaria de
Saúde e que também estarão ofertando as doses de forma gratuita.
A diretora de Vigilância Ambiental, Vilma Juscineide de Souza, chama à atenção para importância da adesão dos proprietários de animais de estimação. “É preciso trazê-los para vacinar. Temos o vírus da doença em
circulação no Município e já recolhemos morcegos com o vírus da raiva e são eles os transmissores aos cachorros e gatos. Planejamos a implantação dos 66 postos de forma estratégica para que eles estejam o mais próximo possível da população”.
De acordo com a diretora a meta é imunizar 100% dos 46 mil cães e gatos existentes na cidade.
O CCZ/VG lembra que quem perder o dia “D” terá de adquirir a vacina em clínicas ou então, se deslocar até o CCZ, localizado no Parque Paiaguás, pra frente do jardim Marajoara para imunizar de forma gratuita o animalzinho. “O
que temos observado nestas campanhas é o baixo índice de cobertura vacinal nos gatos. Os donos não levam os bichanos e os gatos, estão tão suscetíveis à doença como os cachorros”, alerta.
Os números da raiva em Várzea Grande não são considerados alarmantes, mas demandam cuidados das autoridades e empenho da população. Recentemente, em dezembro de 2006 e fevereiro de 2007, o CCZ/VG registrou dois casos de raiva
animal.
De 1997 à 2004, foram registrados 736 casos de raiva animal, dos quais, quatro foram notificados como sendo de raiva humana no período, ou seja, houve a infecção do animal para o homem. Zoonoses são todas aquelas doenças
do animal transmitidas ao homem. “Diante deste exposto, o CCZ/VG busca através de seu trabalho de vacinação anti-rábica animal o bem-estar social e a saúde pública de um modo geral”, frisa Vilma.
Desde o início deste mês as equipes do CCZ/VG estão nas ruas. A vacinação de casa em casa começou pelas regiões rurais e peri-urbanas da cidade, locais onde o acesso é mais restrito e por isso se faz necessária uma atenção
maior.
O médico veterinário do CCZ/VG, Luciano Fonseca de Miranda, explica que a mobilização conta com o apoio de 250 pessoas entre militares do Exército, agentes comunitários de saúde, enfermeiros, voluntários, biólogos, médicos
veterinários e toda nossa equipe de agentes de endemias.
“Todos estão devidamente treinados e orientados no intuito de se desenvolver uma campanha
tranqüila e com qualidade”.
*ATENÇÃO *- Luciano Miranda conta que o principal obstáculo ao êxito das
campanhas tem sido a falta de conscientização da população, em relação a este “cuidado básico para com seu amigo de estimação, no momento em que ele não leva o bichinho até um posto de vacinação e o pior, quando recusa que
nossas equipes que fazem as imunizações domiciliares tenham acesso à casa e
ao cão ou gato. Mesmo assim, aos poucos estamos mudando este paradigma e
temos melhorado a cada ano o número da cobertura vacinal”.
Derrubando mitos, Luciano Miranda assegura à população que a vacina tem sua
eficácia comprovada via laboratorial, não se tendo nenhuma contra-indicação,
estando assim liberada para os animais acima de um mês de idade, bem como
para gatas e cadelas em período de gestação.