Os quatro seqüestradores presos em Várzea Grande confirmaram à Polícia que fazem parte de um esquema que rouba picapes que são levadas para a Bolívia. Cícero disse que iria receber R$ 2 mil para trazer a picape até Várzea Grande onde outros integrantes do bando a pegariam e, através de uma estrada sem fiscalização chamada “cabriteira”, chegariam até uma cidade próxima de Cáceres.
Ele explicou que mora em Brasília e veio visitar um irmão preso na Penitenciária Regional de Mata Grande, em Rondonópolis. Disse que, num momento de “bobeira”, acabou aceitando a proposta de um presidiário que disse estar precisando de uma picape S 10 branca, a ser entregue a um receptador que a encomendara.
Paulo disse que mora no Jardim Itororó e que resolveu deixar a picape próxima da casa dele. Quanto ao Fiat Uno, admitiu ser de sua propriedade. Dilmar, por sua vez revelou que é de São Pedro da Cipa, enquanto que Rosimeire reside em Rondonópolis.
Para o chefe de operações da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA), policial civil Túlio de Jesus, não são mais novidades os roubos de picapes em cidades do interior para serem levadas para a Bolívia. “Temos, mas em menor escala, se comparados com as ocorrências na Grande Cuiabá”, assegurou.