“O pior Ronaldinho”, “mais rigor com o brasileiro”, “divisão por Ronnie” ou “não passa a bola a Thierry Henry”: estas são algumas das manchetes que ilustram nesta terça-feira o momento ruim do craque brasileiro do Barcelona.
Ronaldinho Gaúcho disputou pouco mais da metade dos minutos (57,5%) nas 12 partidas oficiais que a equipe realizou na atual temporada, com dois gols, um de falta e um de pênalti contra o Athletic Bilbao (3-1).
“O clube aparece dividido quanto ao futuro de Ronaldinho”, afirma o jornal Sport, que sustenta que o brasileiro “já não tem maioria no FC Barcelona, perdeu a confiança da torcida e dilapidou seu crédito com a diretoria e a comissão técnica”.
O futuro do camisa 10 voltou a ser debatido depois que o clube chegou a cogitar a possibilidade de transferência no verão passado.
Ao que parece, neste debate interno aconteceu um empate, que teria sido decidido pelo técnico holandês Frank Rijkaard, completa o Sport.
Em Madri, o jornal AS destaca que Ronaldinho “não passa a bola” para o francês Thierry Henry e que “além dos problemas de entrosamento próprios de toda contratação a um grupo já formado, Thierry Henry parece estar sofrendo outras conseqüências de sua chegada ao Barça”.
“Das estatísticas se percebe que o francês não tem boa sintonia com o craque midiático azul-grená”, completa o AS.
Para o “El Periódico de Catalunya”, Ronaldinho “se transformou em um problema para o Barça, um problema de verdade que, agora, ninguém sabe muito bem como resolver e em meio do qual cresce a sensação de que a solução é ruim e não acabará bem”.
O jornal explicou que o atual debate no club não é mais apenas se deve ou não jogar, vai além.
“Os doas de Ronaldinho no Camp Nou estão contados, mas sua saída não é fácil”, destaca.
“Há mais de um ano que o clube não recebe uma oferta pelo jogador”, revela o jornal, que acrescenta que se uma oferta chegar em dezembro será estudada.
O Sport afirma que o astro mudou completamente de atitude e está muito mais motivado, mas “segue sem sair do buraco”.
O El Periódico cita como exemplo o fato de na segunda-feira o brasileiro ter comparecido ao treino sem chuteiras, com tênis esportivos. Depois de correr apenas 15 minutos seguiu para o vestiário.