O deputado José Riva (PP) apresentou duas indicações ao Governo do Estado propondo programa de incentivo à Capoeira e atividades de grupos e companhias de Dança. As proposituras, que visam o desenvolvimento destas atividades, foram encaminhada ao governador Blairo Maggi (PR) e ao novo secretário de Cultura, Paulo Pitaluga. O objetivo das indicações do deputado Riva na promoção de programas de incentivos é fomentar políticas públicas para a valorização da arte e da cultura, segmentos reconhecidos como patrimônio cultural brasileiro.
Conforme o deputado, as propostas atendem reivindicação das diversas entidades culturais de Mato Grosso, que atuam na prática permanente da capoeira e da dança. “Há na maior parte destas instituições uma demanda de apoio seja parcial ou integral a projetos como montagem de espetáculos independentes, projetos de pesquisas teóricas, pesquisa prática, oficinas gratuitas, palestras, seminários e afins”, disse.
Para Riva, essa inserção pública de promoção e fomento tem âmbito estadual, devendo garantir aos interessados a mais clara e ampla possibilidade de acesso aos recursos do Fundo Estadual de Cultura. Ambos os segmentos encontram respaldo ministerial, o que facilita obtenção de recursos via Estado/União.
Falta, na opinião do presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos e Espetáculo de Diversões (Sated/MT), Nestor De Fletas, ampliar condições para que os grupos de danças e companhias sejam inseridos de forma mais abrangente. Ele exemplificou a cidade de Rondonópolis que participa do Circuito Nacional de Dança. “Hoje Rondonópolis é o carro-chefe na dança. Acredito que a intenção do deputado Riva é fundamental na contribuição para o segmento abrir novos horizontes em outros municípios”, considerou.
Sarah Jane Venâncio – atriz, bailarina, coreógrafa e maitre de ballet- presidenta da Associação dos Profissionais da Dança de Rondonópolis (Aprodaro) destacou que a proposta de Riva é muito importante porque existem muitos grupos com níveis elevados, entretanto muitos talentos ficam prejudicados por falta de estrutura financeira e falta de apoio dos órgãos públicos.
Segundo, ela o mercado estadual, para efeito de aprendizado, é muito bom, mas que para a sustentabilidade de uma companhia não há profissionais suficientes por causa do desinteresse de investimentos no setor.
“Não há estrutura para uma companhia sobreviver. As duas leis (Rouanet e Fundo de Fomento Cultural), assegura Sarah, existem para tal fim, porém a captação de recursos da Rouanet é muito difícil e a de Fomento estadual não contempla o segmento, como de fato e de direito merece”, argumentou.