No Brasil e no mundo pessoas e mais pessoas tem praticado atitudes solidárias em beneficio dos mais frágeis e desprotegidos. Para substanciar e ampliar em Mato Grosso estas ações, o deputado José Riva (PP) apresentou projeto de lei que cria o Banco da Solidariedade, um banco onde o dinheiro não tem valor e a moeda é a solidariedade.
A criação deste banco objetiva auxiliar àqueles que necessitam de uma mão amiga para enfrentar suas crises e seus problemas, muitos dos quais provocados pelo crescente índice de desemprego resultado de políticas econômicas, financeiras e sociais insuficientes. “É o Banco onde profissionais das mais diversas áreas como assistência social, médica, tecnológica, educação e mesmo qualquer tipo de voluntariado oferecem apoio por meio dos seus serviços gratuitos a quem eventualmente estiver necessitando”, explica Riva.
A destinação de horas a serem prestadas em solidariedade será, conforme o projeto, mediante publicação de boletim com a lista dos interessados em participar do programa devendo constar o endereço, telefone e as instruções para o uso do serviço gratuito com distribuição direcionada para instituições e pessoas que trabalham na assistência ao público-alvo. Os profissionais e voluntários terão o compromisso de atender tantos quantos forem possíveis e durante o tempo que julgarem conveniente sem que haja obrigação ou prejuízo à sua atividade profissional.
É sabido que as entidades, mesmo com a dedicação de seus integrantes, não são capazes de solucionar a lacuna social existente, pois são muitas as pessoas que atravessam situações de extrema gravidade, com doenças sérias e morando em condições precárias.
“Vamos proporcionar uma verdadeira mobilização pela solidariedade, pois, para muitos, o principal motivo é a vontade de ser cidadão, de desenvolver um trabalho social. Existe, ainda, o desejo de romper e de ampliar os horizontes da atividade profissional”, considera Riva.
Existem centenas de declarações informando que muitas posturas pessoais acabaram sendo mudadas: dos preconceitos à coragem de enfrentar o medo. E todas provocadas pelo ato de ajudar.
Joaquim Cardoso Neto (61) servidor público, dedica parte de seu tempo para atuar como voluntário. “Durante o ano nos reunimos (amigos e família) para angariar donativos para entidades assistenciais e famílias carentes. Isto para mim é uma missão que carrego no coração e enquanto eu tiver forças estarei ajudando”, disse.
Para o cumprimento do programa será criado um cadastro em que constem, de um lado, profissionais e/ou empresas que estejam dispostos a prestar serviço voluntário e de outro lado, pessoas e/ou entidades que dele necessitem. O Banco da Solidariedade, de acordo com o projeto, poderá, ainda, servir de referência aos juízes quando da fixação de penas de prestação de serviços à comunidade.