O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), negou
durante sessão plenária desta quinta-feira (07.04) que tenha pedido a saída
do diretor-presidente, Yenês Magalhães, da Agecopa. “Não pedi a saída de
Yenês. Eu disse que ao aprovarmos a mudança no modelo de gestão da Agência
para regime presidencialista, precisaremos de um presidente com autonomia,
de pulso firme e competente”, declarou Riva.
Segundo ele, o Estado está “pagando caro” por esta pequena desatenção ao
escolher a gestão colegiada quando criaram a Agecopa. Afirmou ainda que
mesmo, hoje, Yenês respondendo interinamente como presidente, não foi
obedecido os ritos necessários para ele chegar à presidência. “Não pedi a
saída dele, não sugerir nomes e nem quero sugerir”, ressaltou o deputado,
afirmando que a escolha será do governador Silval Barbosa. “Mas se o
indicado não atender aos requisitos, não vamos aprovar”, ratificou Riva, já
que o nome deverá ser sabatinado pelos deputados.
Riva ainda lembrou que na próxima segunda-feira (11.04) se reunirá com os
deputados e o governador Silval Barbosa para discutir que tipo de modelo de
transporte será implantado em Cuiabá. O parlamentar disse que a Casa de Leis
não será subserviente e omissa numa questão tão importante como essa. Tanto
é que defende o modelo mais viável e moderno para Mato Grosso.
“Acredito que a Agecopa ao invés de gerar notícias, deveria gerar trabalho.
O diretor Yenês está permitindo esse lobby com relação ao Bus Rapid Transit
(BRT), pois não houve estudo aprofundado desse modelo. Não podemos pensar em
um sistema de transporte apenas para a Copa, mas para melhorar o trânsito de
Cuiabá e Várzea Grande. Fico preocupado quando vejo o diretor Yenês afirmar
que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) vai demandar mais desapropriações que
o BRT”, disse Riva, explicando a necessidade de traçar um comparativo entre
os modais de transportes.
*MUDANÇA* – Hoje, na sessão plenária, os deputados aprovaram por unanimidade
o projeto de lei complementar n. 02/11, de autoria do deputado Emanuel
Pinheiro (PR) e Walter Rabelo (PP), que modifica a gestão da Agência
Executora das Obras da Copa do Mundo (Agecopa). Com a mudança, a autarquia
deixa de atuar com decisão colegiada, em divisão de poderes, e passa a
funcionar de forma presidencialista, de modo hierárquico.
O projeto será encaminhado para sanção do governador Silval Barbosa, que já
se posicionou favorável à medida. O novo texto ainda determina que a cada
quadrimestre, a Agecopa preste contas das atividades aos parlamentares. O
projeto entrou em pauta no dia 24 de fevereiro e tramitou por mais de 40
dias na Casa de Leis.